Pai nega supostas agressões da mãe contra filho autista
Ao lado dos advogados da família, pai afirmou que a criança faz tratamento médico
Publicado: 19/10/2023, 16:00
Na manhã desta quinta-feira (19), os advogados Emerson Woyceichoski e Péricles Ricardo Soares dos Santos, que defendem a mãe que supostamente estaria agredindo o filho autista, em Ponta Grossa, concederam uma entrevista ao lado do pai da vítima, um menino de 12 anos.
Segundo Emerson, a criança já teria sido diagnosticada com autismo e esquizofrenia e a mãe, odontopediatra, dedicaria o seu tempo a cuidar do garoto. O advogado disse ainda que não houve a agressão como supõe o primeiro vídeo, através dos áudios.
Emerson relatou ainda que o garoto teria pego alguns pertences do vizinho, o qual teria reclamado para a mãe e a mesma dito ao menino que devolvesse. Para tanto, a mãe teria começado a contar até 10 para o garoto fazer a devolução. O menino teria se negado e começado a gritar que não iria devolver os objetos.
O advogado diz ainda que a mãe nunca bateu e que a mesma é muito preparada porque atende em seu consultório crianças especiais.
Diante dos acontecimentos, Emerson conta que o pai, que trabalha no Mato Grosso, veio para Ponta Grossa para "atender a família", diz.
O pai, que concedeu a entrevista, mas não terá a identidade revelada para preservar a criança, disse que o menino já passou por mais de seis psiquiatras, desde os 3 anos. Disse, ainda, que tem fases no ano em que o filho fica mais calmo e em outras mais agitado.
Em relação ao vídeo, o pai disse que o garoto teria pego sabonete e xampu no banheiro da casa do vizinho e que a mãe mandou devolver. Neste momento, eles estariam na sala onde tem um balcão de churrasqueira e ela estaria batendo nesta mesa com um cabo do computador e mandando que ele devolvesse.
O pai disse, também, que nunca viu a esposa bater no filho, pelo contrário, que ela seria acolhedora e mimaria o filho. Sobre a mãe ter proferido a palavra 'retardado', o pai diz que teria sido no calor do momento.
Sobre o garoto não estar frequentando o colégio, o pai diz que é por conta do transtorno e que é mais ou menos nesta época do ano que acontecem as crises.
A família seria acompanhada pelo Conselho Tutelar desde 2021.
Questionados se a criança passou por exame de corpo delito, após as supostas agressões, o pai e os advogados responderam que não e afirmaram que a polícia esteve na casa, assim como o Conselho Tutelar e não teriam constatado a agressão.
Segundo vídeo
No momento em que concediam a entrevista, um novo vídeo circulava nas redes sociais e no mesmo canal criado para denunciar o caso. Neste novo, também não há imagens, mas áudios, onde a mulher diz: "autista boca aberta", "ele já apanhou de cinta até morrer" , "eu vou estourar a perna dele".
O pai e os advogados disseram não terem conhecimento deste segundo vídeo.
O advogado Emerson finalizou dizendo que as pessoas que estão ameaçando a família e a mãe serão responsabilizadas.