Ponta Grossa promove Semana Municipal da Família Acolhedora

A Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa realiza de 16 a 20 de outubro a Semana Municipal de Sensibilização de Acolhimento em Família Acolhedora. Além da distribuição de materiais informativos, a programação inclui a divulgação de depoimentos de pessoas que acolhem temporariamente crianças e adolescentes.

Mãe de dois filhos, Daniela Fúcio é uma delas. “Eu estimulo as pessoas a serem família acolhedora pelo menos uma vez na vida. As pessoas têm muito medo do sofrimento que elas vão ter quando essa criança sair. E esse sofrimento faz parte, mas nós somos capazes de superar pelo bem da criança. Então, eu sempre digo: faça, encare, faça pelo menos uma vez na vida, mude a história de uma criança, proteja uma vida. Vale a pena”, relata.

Esse e outros relatos emocionantes de famílias que já viveram a experiência foram publicados na rede social do serviço. Eles podem ser acessados por meio do instagram.

De acordo com a presidente da FASPG, Tatyana Denise Belo, Ponta Grossa tem atualmente 62 crianças e adolescentes em acolhimento institucional/abrigos. Já o número de famílias aptas a acolher é de apenas 12. “A nossa intenção é sensibilizar a comunidade para que mais pessoas participem do serviço, e nos ajudem a mudar essa realidade”, declara.

Segundo a juíza da Vara da Infância e da Juventude de Ponta Grossa, Noeli Reback, o acolhimento em família acolhedora é uma prioridade estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Já avançamos muito, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Precisaremos avançar muitos degraus para chegarmos no momento em que não tenhamos mais a necessidade de acolher meninos e meninas em instituições e abrigos. Por isso, eventos como essa semana de sensibilização sobre a importância do serviço de acolhimento familiar são extremamente bem-vindos”, avalia.

Podem participar do serviço de acolhimento familiar casais ou pessoas solteiras, que possuam renda comprovada, sem antecedentes criminais e atestado de saúde mental.

“Os casos serão avaliados pela equipe técnica do serviço e, na sequência, as famílias passam por um processo de capacitação com a participação de órgãos do sistema de garantia de direitos, como a Vara da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, Instituições de Acolhimento e profissionais de psicologia e serviço social”, explica a coordenadora do serviço, Adriane Kobirlaz.

Os interessados podem procurar o Serviço de Acolhimento Familiar por meio dos telefones: (42) 3220 1065 – Ramal 2367 e (42) 3220 1254 (Whatsapp); ou através do e-mail: [email protected].