Cieslak teria oferecido R$ 300 mil a Stocco em tentativa de suborno
Parlamentar usou palanque da Casa e trouxe mais detalhes sobre suborno que teria recebido durante a CPI da Saúde, em novembro de 2022.
Publicado: 07/06/2023, 15:04
O vereador Geraldo Stocco (PV), em sessão realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira (7), deu mais detalhes sobre a tentativa de suborno que teria recebido durante a CPI da Saúde, em novembro do ano passado. Segundo Stocco, ele e o vereador Celso Cieslak (PRTB) saíram para tomar um café quando a oferta de suborno no valor de R$ 300 mil foi feita. Na sequência, o parlamentar procurou a Justiça para realizar a denúncia.
“Estávamos finalizando a CPI da Saúde, e em dado momento aconteceu. Saímos tomar um café, pois éramos colegas desde 2016 e tenho profundo respeito, não tenho nada contra a pessoa do parlamentar. Porém, em dado momento aconteceu a questão que relatei ao Gaeco", disse o vereador Stocco.
“Uma situação lamentável no nosso município, lamentável para nossa politica. Por mais que muitas vezes julgam o que gente faz, estamos aqui para acertar, defender as pessoas. Eu nunca imaginei que iria passar por uma situação como a do ano passado”, prossegue o vereador.
Por fim, o vereador Geraldo Stocco disse que não poderia ficar indiferente quando recebeu a proposta de suborno em troca de modificar pontos finais de relatório da CPI. “Eu relatei um crime, e se eu não fizesse isso, quem sabe o Gaeco estivesse na minha porta hoje”, finaliza.
Relembre o caso
Na terça-feira (6), Stocco confirmou que havia recebido tentativa de suborno, mas sem citar o nome do parlamentar envolvido. "Em novembro de 2022 estava rolando a CPI da Saúde e eu era relator da Comissão. Um vereador me procurou e me ofereceu dinheiro em espécie para 'aliviar' e modificar pontos do relatório final da CPI. Eu neguei e denunciei o caso ao Ministério Público", disse Stocco em uma publicação nas redes sociais.
A Operação Pactum teve início após denúncia do vereador Stocco, e na manhã de ontem (6) o Gaeco cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em seis cidades, sendo cinco no Paraná. Além do pedido de afastamento do vereador Celso Cieslak até o fim das investigações, um servidor público municipal foi afastado.