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Laudo confirma problema em freios de caminhão que atingiu professora

Fernando Madureira, advogado que representa a família de Vanessa Kubaski e do filho Pedro, destacou que laudo mostra irresponsabilidade de caminhoneiro e empresa transportadora

Vanessa e Pedro foram as vítimas fatais do acidente ocorrido em 6 de abril
Vanessa e Pedro foram as vítimas fatais do acidente ocorrido em 6 de abril -

Da Redação

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O portal aRede teve acesso a informações sobre o laudo pericial emitido pelo Instituto de Criminalística  após o acidente que matou a professora Vanessa Kubaski Maciel  (de 37 anos) e o filho de Pedro (7 anos) na BR-376, em Ponta Grossa, no dia 6 de abril deste ano. Além de informações já divulgadas anteriormente, como o fato do exame toxicológico do caminhoneiro envolvido na batida estar vencido há dois anos, o laudo confirmou que o veículo apresentava diversos problemas de manutenção, em especial no sistema de freios.

Segundo o advogado Fernando Madureira, que acompanha os trabalhos de investigação representando os familiares das vítimas, os peritos apontaram os problemas após testes dinâmicos no cavalo-trator verificarem que o freio de serviços estava funcionando em apenas 50% (cinqüenta por cento) dos rodados. "O freio motor apresentou-se ineficiente, ficando com a sua capacidade de frenagem reduzidas.  Ao avaliar o conjunto dos sistemas de freio dos semirreboques, observou-se que apresentavam-se com diversas falhas, como: ausência de lonas e patins, ausência de tambores, tambores rompidos, isolamento de mangueiras, “S” virado, entre outros", destaca um trecho da perícia.

De acordo com o Madureira, o laudo concluiu que “embora não seja possível afirmar que o acidente foi causado única e exclusivamente devido às não conformidades observadas no sistema de freio do veículo é possível inferir que o veículo não realizou as manutenções corretivas e preventivas adequadamente, não estando em condições seguras para o tráfego".

Responsabilidades

Para o advogado, "todas estas irregularidades eram de pleno conhecimento do motorista e da transportadora proprietária do caminhão, que mesmo assim permitiram que o veículo carregado com 38 toneladas de soja circulasse livremente, assumindo assim o risco de causar graves danos a terceiros, como infelizmente aconteceu", disse Madureira, que ainda completou ressaltando que tal fato "demonstra total descaso com a vida alheia" por parte do motorista e empresa transportadora.

O caminhão Scania, com placas de Cascavel, pertence a empresa Rodoposser; o motorista do veículo no dia do acidente fatal foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Dinâmica

Eram quase 21 horas do dia 6 de abril, no km 505 da Rodovia do Café sentido Curitiba, quando a PRF foi acionada para um acidente entre um caminhão Scania e uma Chevrolet Cruze, que deixou o trânsito lento por conta do grande movimento para o feriado da Páscoa. Na sequência, de acordo com os policiais que estavam no local, o bitrem com placas de Cascavel, "que transitava pela faixa da direita, não foi capaz de frear e assim realizou manobra de mudança de faixa, tendo então colidido lateralmente com dois caminhões, o que provocou o derramamento da carga de soja sobre a pista e posteriormente colidiu com uma série de automóveis", relatam.

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