Após dois meses, bolsonaristas deixam praça de Ponta Grossa
Local estava sendo ocupado desde o fim do segundo turno das ‘Eleições Gerais 2022’; lideranças garantem revitalização de espaço
Publicado: 01/01/2023, 19:50
Com a posse do novo presidente da República neste domingo (1º), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – leia a notícia publicada pelo Portal aRede clicando aqui –, os manifestantes bolsonaristas que ocupavam a Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Ponta Grossa, deixaram o local. Desde o fim do segundo turno das ‘Eleições Gerais 2022’, os apoiadores do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), ocupavam a praça histórica da cidade pedindo intervenção militar e a anulação do processo eleitoral.
Os movimentos antidemocráticos deram início após o resultado das eleições presidenciais, que elegeram Lula para seu terceiro mandato como chefe do Poder Executivo. Na época, o Portal aRede acompanhou as movimentações, que se iniciaram nos arredores do 13º Batalhão de Infantaria Blindado (13º B.I.B.) e em frente à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld), localizada na praça que fica a Catedral Sant’Ana – relembre a situação aqui.
Desde então, a praça foi marcada por momentos que envolveram a Polícia Militar (PM) de Ponta Grossa, além de pedidos, por parte da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), para que os órgãos de segurança tomassem alguma medida para a desocupação do espaço, que é tombado como patrimônio cultural do município. Na situação com a PM, suspeitos de terem jogado explosivos contra os manifestantes bolsonaristas foram presos – leia a notícia aqui.
Já no caso com a SMC, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Planejamento (SMIP) e da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública (SMCSP), foi solicitada para interferir nas manifestações antidemocráticas. Porém, apesar dos pedidos do setor cultural, nenhuma medida efetiva foi tomada pelo Poder Executivo – mais detalhes acesse aqui.
Local celebra casamento
Outra situação que chamou a atenção de toda a população, inclusive com repercussão nacional, foi a realização de um casamento na Praça Marechal Floriano Peixoto. A cerimônia entre Jesarela Carvalho e Rodrigo Tramontim teve a presença dos manifestantes e também de familiares do casal. “Foi tudo uma surpresa. Não nos contaram nada em relação à organização. Por isso foi muito mais emocionante”, disse à época Carvalho – relembre a celebração aqui.
Porém, outro momento causou ‘conflito’ com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), quando um funcionário da Instituição de Ensino Superior (IES) teria sido agredido por bolsonaristas. A pessoa trabalhava no prédio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex-UEPG), que fica próximo à Praça Marechal Floriano Peixoto. Mesmo com uma nota de repúdio da Universidade, os manifestantes negaram o ocorrido – confira aqui.
Outros casos
Durante esses dois meses de manifestações antidemocráticas, outras situações também chamaram a atenção da sociedade. A primeira foi quando a UEPG precisou mudar o local de uma peça da ‘50ª edição do Festival Nacional de Teatro (Fenata)’. A peça teatral aconteceria na praça, mas foi alterada para outro local. E, além disso, diversos foram os atos que bloquearam as ruas da localidade. Nesses casos, a Secretaria de Segurança de Ponta Grossa garantiu que "desde 4 de novembro, as equipes estão orientadas a coibir o cometimento de transgressões a legislação” – reveja a notícia publicada pelo Portal aRede aqui.
Manifestantes garantem revitalização
Por fim, com o encerramento das manifestações na Praça Marechal Floriano Peixoto, a equipe do Portal aRede conversou com uma das lideranças do movimento sobre uma possível revitalização do espaço, já que tendas e banheiros químicos, por exemplo, foram instalados na praça histórica. Segundo essa pessoa, o local será, sim, revitalizado. “Essa semana já será feito os orçamentos e posteriormente revitalização”, garantiu.