PG registra valor recorde de exportações em setembro
Valor alcançou R$ 1,01 bilhão e volume somou 300,5 mil toneladas, valores recordes históricos para o mês. No acumulado do ano, total exportado soma R$ 7,33 bilhões
Publicado: 05/10/2022, 18:34
Ponta Grossa registrou, em setembro último, um valor recorde de exportações para o mês. Números do comércio exterior, revelados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, mostram que US$ 188,1 milhões foram comercializados para outros países, valor que corresponde a aproximadamente R$ 1,01 bilhão, com o dólar convertido a R$ 5,394, cotado no último dia do mês (30 de setembro). Em termos nominais (sem considerar a inflação), é o maior que o recorde anterior, de R$ 985,36 milhões, de setembro de 2008.
Mais do que valores, em volume de exportações o mês de setembro de 2022 também foi recorde, contabilizando 300,5 mil toneladas enviadas para outros países, valor 20 mil toneladas superior ao maior valor anterior, que foi registrado em setembro de 2020, quando alcançou 279,9 mil toneladas. No acumulado do ano, o crescimento é de 36,8% em relação a 2021.
Entre os outros meses do ano, setembro foi o mês com o terceiro maior valor de exportações, inferior apenas aos montantes de R$ 1,04 bilhão no mês de maio e R$ 1,24 bilhão em junho. Já no que se refere ao volume de exportações, também foi o maior valor, 19 mil toneladas superior ao registrado em junho (280,8 mil toneladas).
No acumulado do ano, em valores (R$), o total exportado está muito próximo do recorde histórico de 2008: são R$ 7.332.842.279,11 neste ano, contra R$ 7.339.319.631,64 de 14 anos atrás. No volume (kg) exportado, no entanto, Ponta Grossa mantém uma média dos últimos anos. “Ponta Grossa está com um volume significativo quando se olha no valor, mas quando olha a quantidade, em quilograma líquido, percebemos que está dentro de um padrão dos últimos quatro anos. E esse volume, esse equilíbrio é interessante, porque mostra que mesmo tendo a pandemia, tendo uma variação significativa do dólar, a cidade não sofre significativamente com instabilidades institucionais e econômicas, e nem com variações de câmbio”, explica Adriana Fabrini, professora do curso de Administração - Comércio Exterior da UEPG e doutora em Administração, que por alguns anos coordenou um projeto de análise da balança comercial na cidade.
Quanto aos principais produtos exportados, a soja e seus derivados aparecem na liderança, tanto no mês de setembro (R$ 826 milhões) quando no acumulado do ano (R$ 5,80 bilhões). “Ponta Grossa continua sendo exportador principalmente de soja, de seu óleo e seus resíduos (farelo). Mas isso ocorre não apenas por sua produção local, mas por ter muita armazenagem, então pega a soja que originariamente de outros estados, que fica armazenada nos grandes players internacionais instalados aqui, e acabam exportando no momento de cumprir os contratos ou mesmo de aproveitar o câmbio”, conclui Adriana.
Volume movimentado com o exterior no ano soma R$ 11,04 bi
No quesito importações, o total adquirido de outros países somou R$ 415,02 milhões em setembro, segundo maior valor para o mês, atrás somente dos R$ 446,46 de setembro de 2021. Já no acumulado do ano, o total somado nos nove meses soma R$ 3,71 bilhões, pouco abaixo dos R$ 3,83 bilhões de 2021 (-3,3%), quando o maior valor foi alcançado. Somados os valores de importação e exportação de 2022, o total atingido foi de R$ 11,04 bilhões, o maior da história para o município, em termos nominais. Já no que se refere à balança comercial, Ponta Grossa apresenta um saldo positivo (superavit) de R$ 3,62 bilhões, valor que se refere mais que o dobro que o superavit do ano passado, que alcançou R$ 1,52 bilhão no período.
Destaque estadual e nacional
Ponta Grossa está entre as maiores cidades exportadoras do Paraná e do Brasil. Em âmbito estadual, se destaca na quarta colocação, com participação 6,8% das exportações paranaenses; ao passo que no país, ocupa a 38ª colocação, com 0,5% do total comercializados. Já nas importações, é a sexta no Paraná, com 4% de participação; e no Brasil, é a 62ª cidade que mais importa, com participação de 0,3%.