Ponta Grossa
Estudantes de PG mapeiam hidrantes com os bombeiros
Cursos de Bacharelado em Geografia e Engenharia de
Computação desenvolveram um trabalho de mapeamento sistematização de hidrantes
do município
Os trabalhos em pesquisa e extensão desenvolvidos pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) serviram, mais uma vez, à
comunidade. Os cursos de Bacharelado em Geografia e Engenharia de Computação
desenvolveram um trabalho de mapeamento sistematização de hidrantes do
município. O projeto busca auxiliar o Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa a
realizar atendimentos eficientes no combate a incêndios. O relatório com os
resultados do projeto foi entregue à corporação.
A atividade iniciou na forma de estágio obrigatório do curso
de Bacharelado em Geografia, conforme explica a professora orientadora do
projeto Karin Linete Hornes. “Diante da demanda apresentada pelo Corpo de
Bombeiros, houve uma ampliação do que deveria ser apenas uma experiência
profissional para um único curso e passou a ser uma atividade de integração,
que trouxe a tecnologia de informação para resolução de problemas”. A ampliação
uniu os cursos de Geografia Bacharelado e Engenharia de Computação para atender
demandas do Corpo de Bombeiros, unindo pesquisa, extensão, Universidade e
comunidade.
Os hidrantes públicos são equipamentos, subterrâneos ou de
colunas, que auxiliam na recarga rápida de água na contenção de incêndios. “O
Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa não possuía uma atualização da situação de
todos os hidrantes e a distribuição dos equipamentos era possível de se ver
apenas no papel, o que dificulta muito o atendimento da prontidão”, explica
Hornes. A união dos cursos possibilitou a realização do georreferenciamento dos
hidrantes, qualificando sobre sua situação de uso, além da construção de um
sistema que possibilita a localização do hidrante em funcionamento mais próximo
e no auxílio do controle de estoque. “Este
sistema dá a possibilidade da guarnição de realizar a recarga do caminhão no
ponto mais próximo, o que permite um atendimento mais rápido aos incêndios”,
complementa a professora.
Bacharelado em Geografia
A atualização dos hidrantes em pleno funcionamento em Ponta
Grossa ficou a cargo dos estudantes de Bacharelado em Geografia. “Foi
gratificante poder estar em um projeto que tem muito a oferecer para a
sociedade. As oportunidades de extensão na Universidade são importantes para
notarmos que nosso trabalho é importante pro município”, destaca a aluna Ingrid
Aparecida Zambilo, que participou do projeto desde o início. Ingrid conta que a
atuação interdisciplinar entre os cursos foi importante para o êxito do
trabalho. “Fez com que aprendêssemos muito, nunca pensamos que poderíamos
trabalhar junto ao Corpo de Bombeiros e, quando fomos convidados, notamos as
diversas demandas para nossa área de atuação. Foi enriquecedor ter essa
experiência profissional, foi uma carga grande de responsabilidade e satisfação
em ajudar a sociedade”, ressalta.
O acadêmico João Vítor de Mello conta que trabalhou desde o
planejamento do projeto até a finalização, com o objetivo de vistoriar os
hidrantes de passeio público no perímetro urbano. Para João, o projeto foi
essencial para desvincular a ideia de acadêmico/aluno e acadêmico/profissional,
com responsabilidades e objetivos bem delimitados para a execução dos
serviços. “Além de complementar todo o
aprendizado feito durante o curso, o trabalho engrandeceu determinados valores
pessoais e, principalmente, profissionais, no que refere à valorização da vida
humana”.
O professor Ricardo Letenski, também orientador dos alunos,
avalia que a entrega do relatório demonstra a capacidade técnica que os
profissionais de Geografia têm para auxiliar na tomada de decisão e resolução
de problemas envolvendo a localização espacial e na gestão do território. “O
envolvimento da Universidade com a comunidade externa é uma ótima forma para os
acadêmicos aplicarem os conhecimentos na prática, vivenciando a realidade e
podendo retornar estes conhecimentos para a sociedade”, pontua.
Engenharia de Computação
Os acadêmicos do curso de Engenharia de Computação ficaram a
cargo de atualizar o sistema utilizado pela corporação para inserir informações
atualizadas do estado dos hidrantes, por meio da disciplina Projeto de
Software. “Projetamos um sistema que facilitasse esse processo de cadastrar os
hidrantes no mapa, tentando fazer o melhor para cumprir não só as expectativas
da disciplina, mas também as do Corpo de Bombeiros”. Os alunos de Computação
elaboraram uma interface que facilita o gerenciamento em um mapa com todas as
informações dos hidrantes, fornecidas pelos estudantes de Geografia. O estudante destaca que a ideia é ainda
continuar trabalhando no projeto para inserir sugestões que a corporação
apontou durante a apresentação do relatório.
Para Alysson Quadros, a parte mais desafiadora foi começar,
pela primeira vez, um projeto do zero. “Quando fomos convidados para esse
projeto, abraçamos logo de cara. Tentamos aplicar da melhor forma possível os
conhecimentos adquiridos em sala de aula e também corremos atrás de outras
coisas por conta própria, muitas vezes com o auxílio do professor Dierone”,
relata. Apesar das dificuldades enfrentadas no início do desenvolvimento do
projeto, Alysson se diz grato por auxiliar o Corpo de Bombeiros de Ponta
Grossa. “Agradecemos a oportunidade de colocar em prática aquilo que estudamos
dentro da Universidade e também a chance de contribuir com a sociedade e
auxiliar na segurança da população”.
O professor Dierone Cesar Foltran aponta que trabalhos interdisciplinares, como o desenvolvido entre os cursos de Bacharelado em Geografia e Engenharia de Computação, enriquecem a formação. “É muito bom quando você vê que a experiência deles vai para fora dos muros da UEPG, onde eles experimentam a realidade, que é bem corrida, como o Corpo de Bombeiros, que possui uma alta demanda para os serviços que eles prestam”. O professor avalia que a experiência foi positiva para todos os envolvidos. “Olhando para este projeto, vemos a necessidade da curricularização da extensão, que é pegar as disciplinas da graduação e colocar prática para a comunidade e este projeto foi isso – unimos a necessidade dos acadêmicos nas disciplinas com o que os Bombeiros precisavam, refletindo diretamente na comunidade externa”, finaliza.
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