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Manjabosco diz que foi contra fechamento do Humai

Médico destacou o trabalho na gestão e comentou sobre o fechamento de estruturas hospitalares da cidade

Manjabosco foi exonerado pela prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), oficialmente, na última segunda (2) em Diário Oficial do Município. P
Manjabosco foi exonerado pela prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), oficialmente, na última segunda (2) em Diário Oficial do Município. P -

Leticia Cabral

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Médico destacou o trabalho na gestão e comentou sobre o fechamento de estruturas hospitalares da cidade 

O ex- Secretário de Saúde de Ponta Grossa, o médico Rodrigo Manjabosco, emitiu uma carta aberta aos servidores da saúde municipal e a população na tarde desta terça (3) onde destacou os desafios enfrentados frente a gestão da saúde municipal.  

Manjabosco foi exonerado pela prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), oficialmente, na última segunda (2) em Diário Oficial do Município. Porém, a saída foi anunciada na semana passada.

O médico começou o texto, relembrando as dificuldades enfrentadas por conta da pandemia da Covid -19.“Nestes um ano e meio, enfrentamos uma verdadeira tempestade, a pandemia exigiu decisões difíceis e uma equipe forte para suportar todas as demandas que surgiram, seja por tratamento médico, medicamentos, leitos, orientações, vacinas, oxigênio, afastamentos de profissionais, isolamento, disputa por insumos, recursos limitados e redução de profissionais disponíveis no mercado”, afirmou.

Manjabosco ressaltou que sempre trabalhou com legalidade, e se colocou à disposição da sociedade. “Pautei-me pela legalidade, trabalhando sempre com responsabilidade, condicionada por decisões técnicas, nunca me furtando a estar à disposição da sociedade, para orientações, prestação de esclarecimentos e informações de cunho público. Proporcionei mudanças profundas nas estruturas administrativas, contratuais, otimização de fluxos, processos de trabalho, informatização”, continuou.

E por fim, citou o fechamento do Hospital Municipal pela Prefeitura, onde gerou repercussão na cidade, onde resgatou a informação de que o local encerrou as atividades por questões técnica e segurança do paciente, considerando os danos estruturais ao telhado e outros danos no prédio.

Assim como a fechamento do antigo Hospital da Criança, onde segundo ele, não estava nos planos da Fundação de Saúde. “Quanto ao fechamento do Pronto Atendimento Infantil no Hospital HUMAI, antigo Hospital da Criança, saliento que este nunca foi o objetivo desta Fundação, o que pode ser facilmente comprovado pela Lei que regulamentou a doação do prédio, na qual consta que o HUMAI deveria manter todos os serviços antes prestado no HC com necessidade de ampliação dos mesmos” finalizou.

Leia a carta na íntegra:

Carta Pública aos servidores da FMS e à população do Município de Ponta Grossa.     

A área de saúde pública, compreende um processo complexo de trabalho, com decisões que envolvem muitas vidas. Nestes um ano e meio, enfrentamos uma verdadeira tempestade, a pandemia exigiu decisões difíceis e uma equipe forte para suportar todas as demandas que surgiram, seja por tratamento médico, medicamentos, leitos, orientações, vacinas, oxigênio, afastamentos de profissionais, isolamento, disputa por insumos, recursos limitados e redução de profissionais disponíveis no mercado. Foi um período traumático a todos os profissionais de saúde e não é à toa que, o termo guerra foi usado pelo mundo a fora.

Pautei-me pela legalidade, trabalhando sempre com responsabilidade, condicionada por decisões técnicas, nunca me furtando a estar à disposição da sociedade, para orientações, prestação de esclarecimentos e informações de cunho público.

Proporcionei mudanças profundas nas estruturas administrativas, contratuais, otimização de fluxos, processos de trabalho, informatização, desenvolvimento de projetos e treinamento, com um olhar atento aos números e estatísticas, buscando as melhores soluções com os recursos disponíveis. Números não mentem, e funcionam como um excelente norteador, porém muitas vezes nos levam a mudanças complexas e difíceis, mas sempre com o pensamento na humanização de serviços, acolhimento da população e dos servidores.

Dentre os muitos exemplos que criamos neste curto espaço de tempo, temos um setor de apoio ao servidor, multiprofissional com a inclusão ainda este ano de aulas de hidroginástica, atendimento social, acolhimento, fisioterapia entre outros serviços, elaboração de plano de cargos, preparação e estruturação do acolhimento ao cidadão na unidade de saúde, elaboração de linhas de cuidados para gestantes e crônicos, incluindo pilates e hidroginástica. Iriamos inaugurar um centro de atividade física para os pacientes das unidades de saúde, mudanças no transporte de pacientes e ampliação da transparência dos serviços e contratações. Reestruturamos o serviço domiciliar, oferecendo fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, assistência social, tratamento dentário, de feridas e troca de sondas vinculados a atenção primária. Preparamos novo concurso e remoção de profissionais para fortalecer a atenção primária e atendimento de urgência e emergência. Todo um projeto de aquisição de mobiliário e reforma das unidades pronto para início. O fechamento do Hospital Municipal por questões técnica e segurança do paciente, considerando os danos estruturais ao telhado e outros danos no prédio. Quanto ao fechamento do Pronto Atendimento Infantil no Hospital HUMAI, antigo Hospital da Criança, saliento que este nunca foi o objetivo desta Fundação, o que pode ser facilmente comprovado pela Lei que regulamentou a doação do prédio, na qual consta que o HUMAI deveria manter todos os serviços antes prestado no HC, com necessidade de ampliação dos mesmos. Destaco ainda que segui o Plano Municipal a risca, alinhado com o Plano De Governo proposto pela Prefeita Elizabeth e com o Governo do Estado.

 Preparei toda uma base solida, para a partir disto, proporcionar mudanças consistentes, ao qual me propus fazer, doa a quem doer. Agradeço a todos os envolvidos neste processo, foram essenciais, afinal ninguém faz nada sozinho. Foram muitos dias de luta intensa, aprendizado e doação a Fundação Municipal De Saúde.

Respeitosamente,
Rodrigo Daniel Manjabosco      
Médico da Família”

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