Gratuidade no transporte pressiona valor da tarifa em PG
Valor técnico indicado pela AMTT é de R$ 8,35; reajuste na tarifa deve ser apresentado depois do feriado de Finados.
Publicado: 31/10/2021, 14:34
Valor técnico indicado pela AMTT é de R$ 8,35; reajuste na tarifa deve ser apresentado depois do feriado de Finados
No terceiro programa do ‘Política na Rede’, comandado pelo jornalista Afonso Verner, o entrevistado da vez foi o presidente do Conselho Municipal de Transportes (CMT) Elidio Carlos Curi de Macedo. No bate-papo, que aconteceu na última sexta-feira (29), foi debatido o reajuste na tarifa do transporte público coletivo de Ponta Grossa – o valor técnico apresentado pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) é de R$ 8,35. Na ocasião, o entrevistado disse que a quantia indicada é “inviável”, citou as possíveis soluções para o serviço e afirmou que a gratuidade no transporte impacta no valor final da passagem do ônibus.
Segundo Elidio, houve uma queda de 70% de usuários no transporte. Isso, com o fato de que não ocorre um reajuste na tarifa desde 2019, além da pandemia da covid-19, são fatores que impactam no atual valor sugerido pela AMTT. Além disso, ele falou que o serviço “sofreu com os aplicativos” de mobilidade, por conta da sua comodidade e segurança, por exemplo – atualmente, a passagem tem o custo de R$ 4,30 para os ponta-grossenses.
Dessa forma, o CMT tem estudado possíveis soluções para que Ponta Grossa não tenha um dos valores mais caros do Estado do Paraná. Assim, até o momento, o ‘Grupo’ já apresentou algumas sugestões. Dentre elas, que a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) banque as gratuidades dos estudantes, das pessoas com deficiência, dos usuários de 60 a 65 anos, além dos que tenham 65 anos ou mais.
Sobre essa sugestão, Elidio explica que “em setembro Ponta Grossa teve 1,4 milhão de pessoas usando o ônibus. 160 mil foi de gratuidade. Mais ou menos 12%. É muito. Não tem empresa que consiga sobreviver dessa forma. Não é defendendo a empresa, tem que falar a realidade. Para evitar uma tarifa desse tamanho, todos têm que ‘cortar a carne’. Não é só a empresa, a Prefeitura, o Conselho. Alguma coisa terá que dar certo. Se for R$ 8,35, não sei por quanto tempo terá ônibus”.
Transparência
Ao final da entrevista, o presidente do CMT foi questionado sobre a transparência no serviço público da cidade. Segundo ele, “pelo o que a gente tem de documentação, que recebemos, acredito que é transparente. Porque nós analisamos o que está no site da AMTT. Tudo o que a gente vê, está lá. Tudo especificado, quilometragem diária dos ônibus, horário, os pneus, está tudo lá. O que nós estamos fazendo, todos têm condição de ver isso daí”, afirmou.
O Conselho Municipal de Transportes deve apresentar, até 5 de novembro, uma sugestão de valor para o Poder Executivo. Caso isso não aconteça, o grupo terá mais cinco dias para indicar uma quantia. A entrevista pode ser assistida na íntegra clicando aqui.
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