Makita de Ponta Grossa sente efeitos da crise
Publicado: 01/03/2016, 09:29

A Makita, multinacional que produz ferramentas elétricas, discutirá, nesta semana, com o sindicato representativo dos trabalhadores, uma licença remunerada a funcionários para a fábrica de Ponta Grossa. Com a retração econômica no país, que reduziu as vendas do comércio e o PIB, houve um crescimento do estoque de ferramentas produzidas pela empresa na cidade. Após o acordo com o sindicato, esse período de licença, em que o trabalhador deixa de trabalhar um dia na semana, deverá ser iniciado em breve..
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa e região, Mauro Cesar Carvalho, a multinacional procurou a entidade sindical na semana passada para falar sobre o assunto. Nesta quarta, ele deve receber a minuta e, na sexta-feira, ocorrerá a reunião para tratar de todos os detalhes. “Na prática, vamos discutir sexta-feira, mas a proposta deve ser parecida com a que foi aplicada na Hübner, com uma semana de trabalho reduzida de segunda a quinta, com licença remunerada na sexta”, esclarece.
Esse período, no entanto, deve ser de no máximo dez sextas-feiras (pouco mais de dois meses), já que o período mínimo de férias que pode ser concedido é de 20 dias, com o pagamento do terço proporcional.
Mauro Cesar destaca, no entanto, que essa é uma medida para evitar demissões. A empresa já deu férias coletivas em dezembro para alguns trabalhadores e férias individuais para outros, como forma de diminuir o número de trabalhadores na produção e diminuir a quantidade de ferramentas fabricadas, para evitar o aumento do estoque. Assim, essa licença remunerada não se aplicará a todos os funcionários, mas a alguns. “Então, para evitar demissões, é que vai ser discutida essa licença remunerada, para se ter um determinado número de trabalhadores na empresa. O importante, nesse momento, é preservar esses postos de trabalho”, completa o líder sindical.
Empresa em PG possui mais de 300 trabalhadores
De acordo com Mauro Carvalho, a empresa possui cerca de 300 empregados na sua fábrica em Ponta Grossa. O principal objetivo, na discussão dessa licença remunerada, é manter os empregos. Assim, no encontro na sexta-feira para definir os detalhes, ele afirma que a intenção é ter a garantia da empresa nesse acordo, para evitar demissões. “Vai ser discutida a estabilidade no emprego e outras condições”, explica.