PCdoB apresenta ideias para transporte público de PG

Comunicado também critica serviços da VCG e do Sintropas, sindicato que defende os trabalhadores da concessionária

O Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Ponta Grossa emitiu uma nota com propostas para o transporte público coletivo da cidade. As ideias, segundo comunicado, vêm pelos serviços prestados pela Viação Campos Gerais (VCG), bem como pela falta de pagamento dos funcionários da concessionária. O recado também afirma a necessidade de diálogo com toda a comunidade ponta-grossense.

Segundo o diretório do partido, “há décadas o transporte público de Ponta Grossa possui diversos problemas estruturais”. Além disso, o PCdoB fala do não pagamento de empregados e da atuação do Sintropas, sindicato que defende os trabalhadores da VCG. “Trabalhadores e trabalhadoras assistem a diminuição no número de postos de trabalho, a precarização e uma direção sindical que defende mais o patrão que seus próprios filiados e filiadas”, diz um trecho do comunicado.

Confira abaixo as ideias apresentadas pelo PCdoB de Ponta Grossa:

- Incluir os trabalhadores e trabalhadoras do Transporte Coletivo da cidade no programa do Vale Mercado recém anunciado pela prefeitura, bem como todos os Programas de Assistência Social que minimizem a situação de penúria pela falta do pagamento de salários;

- Prefeitura precisa usar todos os meios legais para fazer a VCG quitar os salários dos trabalhadoras e trabalhadores do Transporte Coletivo da cidade, já que o próprio contrato de concessão obriga no seu Art.9, parágrafo segundo, que é obrigação da concessionária a contratação da mão de obra e pagamento de todos os direitos sociais e seus respectivos soldos mensais;

- Mudança na legislação do Conselho Municipal de Transporte fazendo dele mais representativo e eleito numa Conferencia Municipal de Trânsito e Transporte;

- Instituição e a realização da Conferência Municipal de Trânsito e Transporte da Cidade de Ponta Grossa para debater e aprovar o Plano Municipal de Trânsito e Transporte, com metas, objetivos e diretrizes para a área;

- O Plano Municipal de Trânsito e Transporte de Ponta Grossa já deve constar propostas e pré-requisitos para balizar a nova Concorrência Pública de 2023;

- Fazer estudos para a instituição da Empresa Pública de Transporte de Ponta Grossa para operar e servir de controle e parâmetro para a gestão do Transporte Público. A empresa deverá operar em linhas sobrecarregadas ou aquelas de poucos horários ou em locais sem serviço;

- Debater a possibilidade de se criar o Sistema da Tarifa Zero na cidade de Ponta Grossa e ao mesmo tempo incorporar esta modalidade no processo da Nova Concessão do Transporte Coletivo da cidade;

- Incorporar o sistema do serviço de aplicativos ao Sistema de Transporte Coletivo da cidade;

- Realizar a pesquisa de Origem e Destino que vai permitir saber se o dimensionamento da frota, a composição das linhas de ônibus, os trajetos, horários e itinerários estão adequados ao que a população precisa. A adequação pode representar, inclusive, a redução dos custos do transporte que, divididos pelo número de passageiros, se traduzem no valor da tarifa;

- Fazer estudos para promover maior e melhor integração entre os Sistemas de Transporte de todas as cidades lindeiras a Ponta Grossa;

- Ampliar o Sistema de Ciclovias na cidade de Ponta Grossa;

- Contratação de maneira urgente de uma empresa habilitada para ir desde já fazendo pesquisas e debates a fim de elaborar o anteprojeto para o Novo Sistema de Transporte Coletivo de Ponta Grossa;

- Criar uma Comissão de Acompanhamento contendo representantes da Câmara Municipal e do Conselho Municipal de Transporte para acompanhar o processo de elaboração, debate e aprovação do edital da Concessão do Transporte Público de Ponta Grossa;

- Debate transparente envolvendo um número maior de organizações da sociedade civil organizada, a Câmara Municipal na sua totalidade de parlamentares, deputados e deputadas estaduais e federais representantes da cidade entre outros. Tudo isso vem para evitar que o próximo reajuste da tarifa não seja usada como processo de socialização das dívidas da VCG e ao mesmo tempo ajudar a inviabilizar o próprio sistema através da fuga de passageiros pela alta excessivas dos preços.