Seu Domingos e a personificação da história de PG | aRede
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Seu Domingos e a personificação da história de PG

Conheça mais sobre o fotógrafo, empresário, operariano, pai e avô que não apenas registrou a história de Ponta Grossa, como fez parte dela

Poucos viveram tanto a cidade quanto Seu Domingos
Poucos viveram tanto a cidade quanto Seu Domingos -

Dhiego Tchmolo e Fernando Rogala

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Conheça mais sobre o fotógrafo, empresário, operariano, pai e avô que não apenas registrou a história de Ponta Grossa, como fez parte dela

O dia nasceu cinzento em Ponta Grossa com a morte de Seu Domingos, aos 79 anos, vítima de um AVC. Domingos Silva Souza, também conhecido como ‘Mingo’, deixa um legado e uma história irreparável para a fotografia ponta-grossenses. Foram nada menos que 64 anos atuando neste ofício, tornando-se uma referência para profissionais experientes e novos fotógrafos da cidade e região. Contudo, sua história vai além e se mistura com as últimas seis décadas da cidade.

A trajetória profissional de Seu Domingos começou quando ainda era adolescente, no Foto Weiss em Ponta Grossa, no ano de 1955. Na sequência, virou empresário e proprietário da Foto Elite que ficava localizada, até o final da década de 90, na rua Bonifácio Vilela. Perto do novo século, mudou-se para a rua Coronel Francisco Ribas, onde ficou até 2019, quando se mudou para Rondon do Pará, no estado do Pará.

Atuava como fotógrafo de várias áreas: eventos, festas, estúdios. Tinha paixão de tirar ‘retratos’ da cidade, um de seus hobbies. Isso o permitiu ter um arquivo enorme de fotos históricas, estas herdadas do antigo Foto Weiss. Sua atuação seguiu: foi responsável por inúmeras imagens feitas para a imprensa, em diversos veículos, principalmente entre as décadas de 1970 e 1990.

No final dos anos 80, atuou como fotógrafo da Prefeitura de Ponta Grossa. A cidade, aliás, estava no DNA de Seu Domingos: torcedor apaixonado e fanático do Operário desde criança, teve sua infância na rua Lopes Trovão, perto do campo do Fantasma. Assistia treinos, jogos e, mesmo há milhares de quilômetros de distância, não deixou de acompanhar o time de Vila Oficinas, sendo sócio torcedor e frequentador assíduo do estádio Germano Krüger.

Seu engajamento com a sociedade ponta-grossense também era marcado por ser membro da diretoria do Sindilojas-PG e da Associação dos Fotógrafos da cidade. Era formado em Geografia na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), instituição ao qual cedeu todas suas fotos antigas ao Museu Campos Gerais antes de ir para as quentes e úmidas terras paraenses em 2019.

Em 64 anos de profissão, Mingo viu como poucos a transformação que a fotografia passou da era analógica para a digital. Foram diferentes tipos de máquinas que passaram por suas habilidosas mãos: das grandes (e antigas), chegando nos modelos Rollerflex e Reflex, até culminar nas câmeras digitais e nos programas de edição de imagem.

Seu Domingos viveu o início de sua trajetória nas escalas de cinza e deixou seu ofício na infinidade de cores, assim como a manhã de Ponta Grossa neste sábado, que nublada, timidamente deu lugar ao sol. Um reflexo do legado, ensinamento e figura, mostrando que é possível encontrar alento na história de quem viveu a cidade como poucos – e, que devemos muito do registro de nossa história.

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