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Prefeita eleita de PG terá vários desafios a serem superados

Com orçamento superior a R$ 1 bilhão, vencedora do pleito assumirá grandes responsabilidades, como a pandemia, contrato do transporte, infraestrutura, entre outros

Prefeita da cidade que se destaca em crescimento no Sul do Brasil terá uma série de decisões importantes a serem tomadas nos próximos anos
Prefeita da cidade que se destaca em crescimento no Sul do Brasil terá uma série de decisões importantes a serem tomadas nos próximos anos -

Fernando Rogala

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Com orçamento superior a R$ 1 bilhão, vencedora do pleito assumirá grandes responsabilidades, como a pandemia, contrato do transporte, infraestrutura, entre outros


A próxima prefeita de Ponta Grossa terá um município com inúmeros desafios para administrar em sua gestão, pelos próximos quatro anos. Além de tudo aquilo que já é inerente e necessário, que se espera de um líder de executivo para qualquer cidade, há diversas outras questões específicas, da cidade, tais como o contrato do transporte público municipal, a quitação de precatórios, as dívidas, entre outras soluções urbanas, especialmente relacionadas ao trânsito na região central.

O mais imediato, que demandará de uma atenção especial é a pandemia. Como há esse aumento no número de casos nas últimas semanas, inclusive com novo recorde de contaminações nesta sexta-feira (27) a tendência é que o vírus permaneça circulando pelos próximos meses, até que a vacina atinja a imunização de rebanho. É um desafio porque requer a adoção de medidas restritivas, porém na medida certa, a ponto de não impactar negativamente de uma maneira tão forte em alguns setores. E sem falar no fato de manter a população conscientizada, para que adotem os devidos cuidados.

Porém, o momento pós-pandemia também necessita de uma grande atenção: Ponta Grossa foi a cidade que mais gerou vagas no Sul neste ano, mas a grande maioria dessas vagas são da construção. Se excluir as vagas da construção (4.349), que são postos temporários, em sua maioria, de grandes obras de infraestrutura, o saldo de vagas no ano foi de 539. A retomada econômica já é observada através de índices, como o de arrecadação de tributos federais no município, que mostram o incremento do lucro junto às empresas, mas há diversos tópicos para serem trabalhados para um crescimento conjunto da economia, proporcionando a criação de empregos de forma sustentável e o fomento ao empreendedorismo – algumas propostas, inclusive, já entregues pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa às candidatas.

As consultas públicas, feitas junto à população, através das quais os moradores puderam indicar áreas prioritárias de investimento por região do município, apontaram, nos últimos dois anos, que três setores foram destacados pela população como com maiores necessidades: pavimentação, saúde e segurança, cujos investimentos constantemente precisam ser revistos pelo aumento populacional. Quanto à pavimentação, é um assunto que pertence à infraestrutura, que também tem outros tópicos a serem observados pela administração. Entre eles as estradas rurais, não só pelo agronegócio forte, mas também acesso ao turismo, e também os cuidados quanto aos vazios urbanos – Ponta Grossa possui uma área urbana bastante ‘espalhada’, nem sempre com ligações com outros bairros, fator que demanda de investimentos.

Ainda na infraestrutura é possível incluir o Distrito Industrial, que não apenas necessita de pavimentação em diversas vias, mas também que não possui áreas livres para a doação para empresas. O município tenta reaver mais de 10 áreas de empresas que receberam o terreno mais ainda não iniciaram investimentos. Quanto à mobilidade urbana, há a necessidade também do planejamento da cidade do futuro: desde dezembro de 2018, a cidade registrou um aumento de 12,3 mil veículos (7,7 mil emplacamentos em 2019 e 4,6 mil de janeiro a outubro de 2020), e há a necessidade da adoção de medidas para que a região central da cidade e principais vias arteriais de bairros, não se tornem caóticas com o crescimento constante da frota.

Contratos

Outra decisão que cairá na ponta da caneta da próxima gestora é o contrato do transporte público municipal. O atual contrato em vigor do transporte coletivo, assinado junto à Viação Campos Gerais (VCG), finda no dia 11 de junho de 2023. Até lá, serão praticamente dois anos e meio para ser estudado um novo contrato, com novas exigências – aliás, muito se fala na possibilidade de abrir a concorrência, de modo que o monopólio seja ‘quebrado’. Já o contrato com a Sanepar estará em vigor até 2026. Não é algo que recairá à próxima gestão, que ficará no poder até dezembro de 2024, mas será a oportunidade já de discutir e debater, afinal, no ano passado até houve a proposta da Sanepar de renovar de forma antecipada o contrato. Em dezembro de 2019, aliás, houve uma audiência pública, onde a Sanepar esclareceu alguns pontos da proposta feita.  

Finanças

A próxima prefeita não terá nenhuma dívida surpresa nas finanças quanto a gastos extras, afinal toda a folha de pagamento até dezembro, inclusive férias de professores. Porém, o secretário de Fazenda, Claudio Grokoviski, aponta que há dois valores para ficar de olho, as dívidas com precatórios e as dívidas ‘convencionais’. Os precatórios são de R$ 185 milhões, valor que deverá ser quitado até o final de 2024. Então, do orçamento superior a R$ 1 bilhão previsto a partir de 2021, a próxima prefeita deverá pagar, todo mês, R$ 3,8 milhões para quitar os precatórios, o que corresponde a mais de R$ 45 milhões anuais. Quanto à dívida do município, se aproxima de meio bilhão, mas proporcionalmente ela caiu. “A dívida é de R$ 478 milhões, que corresponde a 45% do orçamento. Em 2012, a dívida correspondia a 50,5% do orçamento”, informou Grokoviski, que ainda lembrou da folha de pagamento, que hoje consome 50,7% do orçamento. “Vai ser preciso a continuidade de uma gestão eficiente, com enxugamento da máquina pública, para reduzir o gasto público”, completou.

Habitação

Ponta Grossa passou por um visível crescimento no âmbito habitacional nesta última década, contudo, ainda passa de uma dezena de milhar o número de famílias de baixa renda que estão em busca da realização da casa própria. A fila da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) tem 16,5 mil cadastros sendo que cerca de 13 mil cadastros (cerca de 80% do total) são da Faixa 1, ou seja de famílias com baixa renda. O déficit habitacional, contudo, caiu nos últimos anos: no início de 2013 o número total de cadastros era de 30 mil.

Alguns dos desafios da próxima prefeita:

-Pandemia e pós-pandemia

-Contrato do transporte coletivo

-Contrato da água e saneamento básico

-Precatórios

-Dívidas de quase meio bilhão

-Soluções urbanas para o trânsito no Centro

-Distrito industrial sem terrenos

-Saúde e segurança

-Infraestrutura (asfalto, estradas, vazios urbanos)

-Deficit habitacional

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