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Tradição do bolo de Santo Antônio é mantida em PG

Bolo que pode conter a medalhinha do santo casamenteiro pode ser encomendado ou retirado diretamente na secretaria da Paróquia do Rosário

Três voluntárias trabalham na produção do bolo
Três voluntárias trabalham na produção do bolo -

Da Redação

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Bolo que pode conter a medalhinha do santo casamenteiro pode ser encomendado ou retirado diretamente na secretaria da Paróquia do Rosário

Desde 2002 a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Ponta Grossa, realiza sua festa junina em homenagem a Santo Antônio. Este ano, em razão do isolamento social que se faz necessário no momento, a festa não será realizada em junho – estuda-se outra data, provavelmente em outubro, junto com a Festa da Padroeira – contudo, a tradição do bolo do santo, que tem fama de casamenteiro, foi mantida.    

A expectativa para esse ano era vender 11 mil pedaços do doce, aproximadamente 2.500 a mais que na última edição, sendo que 30% deles vêm com a medalhinha e um é contemplado com o par de alianças. Sem festa, foi preciso adaptar a produção e comercialização para manter o costume. As vendas começaram há uma semana por meio de encomendas feitas pelo telefone (42) 3224-2562 e WhatsApp (42) 99929-4405, ou diretamente na secretaria da igreja, na rua Senador Pinheiro Machado, 51, Centro. O atendimento presencial é de segunda à sexta, das 8h às 12h, e das 13h às 16h, e nos fins de semana, após as missas – sábado às 17h e domingo às 10h.

O bolo que é vendido a R$5 o pedaço, é montado por voluntários, que neste ano, precisam trabalhar em número reduzido – em 2019 eram cerca de 20 pessoas, para apenas três agora. A massa de pão de ló é comprada pronta, depois é só passar o recheio de doce de leite, e finalizar com a cobertura de glacê. Receita simples, mas com um ingrediente que garante a popularidade: muita fé. Seja para encontrar a metade da laranja, ou mesmo para manter o amor nas relações que já existem, os fiéis acreditam que Santo Antônio é o intercessor certo.           

Santo Antônio

De acordo com a crença popular, o português Fernando Martins de Bulhões – seu nome de batismo, ajudou uma moça pobre a conseguir o dote para se casar. A transferência de propriedades da família da noiva, como uma espécie de presente de casamento, era uma tradição na idade média. Pelo favor à moça, aquele que viria a tornar-se Santo Antônio passou a ser lembrado pelas jovens solteiras que tinham o sonho de se casar. E apesar de tantas mudanças na sociedade, o sonho e a fé no Santo são mantidas hoje em dia.

Padre Edivino Sicuro, pároco da Nossa Senhora do Rosário, relembra que já realizou dezenas de casamentos de pessoas que se conheceram na festa, ou depois de terem comido o bolo com a medalhinha. Mas ele destaca que para pôr a fé em ação, não se deve deixar a divindade de ponta cabeça, mergulhar na água, nem nada do tipo. “Não recomendamos isso, não é cristão, santo não é um amuleto, eles são intercessores, não é que o santo faz milagre, o santo intercede, para que a pessoa alcance de Deus a graça que necessita”, explica o padre.

Deu certo!

Em 2012, Presciliane Lopes, de 37 anos passava pela festa junina quando decidiu entrar e comprar um pedaço do bolo. Ao desembrulhar o doce, já em casa, ela encontrou a medalhinha de Santo Antônio. Alguns dias depois, a mulher que não acreditava mais que seria feliz no amor, reencontrou um antigo affair que tinha conhecido em uma festa, e em menos de um mês o casal estava juntando as escovas de dentes.

Presciliane e o esposo Jorge Diego Pulga, de 33 anos, ficaram um tempo morando juntos, até se casarem na igreja, como ensina a doutrina da fé cristã. Hoje, o casal que já está junto há oito anos tem dois filhos: Daniel, de sete anos, e Linda Isabela de 10 meses.

“Eu não acreditava que a medalhinha daria tão certo. Casar tão rápido, mas hoje estamos juntos. Construímos uma família maravilhosa, conseguimos nossa tão sonhada casa e temos ainda muitos sonhos para conquistarmos juntos”, celebra.

Diante da queda na quantidade de matrimônios realizados anualmente, padre Edivino é otimista: “Em todas as igrejas têm tido muito casamento, naturalmente o número de separações também é alto, mas eu penso que os casamentos que dão certo, superam os divórcios”.

E para aqueles que já perderam a esperança de encontrar alguém ou não querem assumir um compromisso – segundo o padre, os rapazes são os que mais ‘fogem’ do matrimônio – ele deixa uma palavra de ânimo: “Aos que desistiram do sonho, ou não acreditam mais no casamento, eu diria o seguinte: repensem! O homem não foi criado para viver sozinho. No livro de Gênesis, diz que Deus criou o homem e viu que não era bom que o homem estivesse só. Então, nesse sentido vale a pena investir em um relacionamento sadio e cristão”.

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