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Talento e fé valorizam a arte sacra em Ponta Grossa

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Do silêncio das igrejas ou da tranquilidade de um ateliê localizado no Núcleo Santa Paula em Ponta Grossa. É desses lugares que Paulo Rogério Biscaia, através do seu talento, dá um significado maior a pequenos pedaços de pastilhas comumente usadas em acabamentos na construção civil. Referência em mosaicos e vitrais, Biscaia já possui trabalhos voltados para arte sacra em Curitiba e região metropolitana, Lapa, Mandirituba, Campo Largo, Matinhos, além, é claro, de sua cidade natal.

Teólogo por formação, tendo vivido por 14 anos como monge beneditino e mais dois no Seminário da Diocese de Ponta Grossa, foi daí que surgiu sua capacitação para atuar nesse ramo. “Por conta da própria teologia nós passamos a ter contato com várias técnicas de arte. Também tive ótimas referências artísticas onde vivi por esse período”, explica. Sem saber precisar ao certo quando descobriu sua aptidão, Biscaia revela que desde os dez anos de idade já apresentava inclinação para as artes. “O desenho sempre fez parte da minha vida. Porém, era algo não desenvolvido. Fazia apenas cópias”, lembra.

Levado a participar de um curso de mosaicos em uma loja da cidade, Biscaia aprendeu a técnica que norteia suas obras até hoje. “Havia sido solicitado que eu revestisse um sacrário. Cheguei à loja para adquirir o material necessário para o trabalho e vi que seria ministrado um curso de mosaicos para acabamento de caixas. Resolvi participar da atividade”, releva. Com a técnica e muita curiosidade – ele queria saber por que existiam pastilhas transparentes se elas ficavam coladas na parede – começaram a surgir às primeiras peças. “Então, comecei a brincar com o vidro”, diz.

A produção dos mosaicos e vitrais requer muita paciência e organização. “Primeiro eu faço um desenho e coloco o vidro por cima. Funcionando como uma espécie de transparência, vou colando os pedaços no vidro de acordo com o que eu quero retratar”, comenta Biscaia.
Mesmo afirmando que não realiza apenas trabalhos sacros, estando à disposição para outros serviços, o artista destaca que o maior número de pedidos é para o público religioso. “Eu não faço propaganda. As pessoas observam meu trabalho, principalmente nas igrejas, e assim entram em contato”, explica.

Questionado sobre como se sente ao ter um trabalho finalizado, Biscaia afirma que gratificação é palavra de ordem. “É gratificante. Todo artista quando termina uma obra sabe que ela deixa de ser dele. Na arte sacra isso ganha uma amplitude ainda maior. As peças estão carregadas de outros simbolismos. Elas deixam de ser um simples amontoado de pedrinhas e passam a ser uma algo mais para os fieis”, finaliza.

Arte pode ser apreciada em Igreja

Ficou curioso em conhecer um pouco mais do trabalho de Paulo Rogério Biscaia? Não é necessário ir muito longe para conseguir apreciar algumas peças. A Igreja São José, situada no Bairro São José, em Ponta Grossa, é um desses exemplos. Em virtude dos 80 anos de dedicação da Igreja, celebrado no próximo dia 22 de agosto, alguns trabalhos já foram realizados e outros ainda serão desenvolvidos. “Já terminamos a reforma do batistério, do presbitério, do altar e da cruz atrás do padroeiro. Ela foi toda revestida com pastilhas douradas. Também fizemos vitrais em duas janelas frontais do prédio”, pontua Biscaia.

Contato

Interessados no trabalho do artista podem entrar em contato via e-mail. O endereço eletrônico é [email protected]. Segundo Paulo, a forma de cobrança das peças é por metro finalizado.

Informações do Jornal da Manhã.

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