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Extinção de cobradores da VCG foi negociada

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Documentos oficiais vazados na internet mostram que a extinção dos cobradores nos ônibus da Viação Campos Gerais (VCG) foi negociada entre o prefeito Marcelo Rangel (PPS) e o ex-presidente do Sindicato dos Motoristas e Trocadores (Sintropas), Ricardo Peloze, ainda em outubro do ano passado. Segundo o acordo, a Prefeitura ofereceu a substituição dos funcionários por catracas totalmente eletrônicas como garantia para que a empresa pagasse o abono – proposto por Rangel à categoria – e o Sintropas encerrasse o estado de greve. O documento é assinado pelo então presidente do sindicato, pelo prefeito e pelo diretor da VCG, Luciano Gulin. A segunda cláusula do aditivo ao acordo coletivo da categoria abre a possibilidade da bilhetagem nos veículos ser realizada exclusivamente via cartão eletrônico. O texto prevê ainda o “equilíbrio entre a tarefa a ser realizada e o número de trabalhadores a desenvolvê-la”. Conforme o acordo, as substituições seriam feitas gradativamente, com prioridade aos ônibus onde o número de passageiros pagantes em dinheiro é inferior à bilhetagem eletrônica. Por parte da Prefeitura, caberia levar as condições acordadas para um projeto de alteração na lei 7.018/02 – que regulamenta o transporte coletivo no município -, atendendo ao prazo de 30 dias. Já a VCG seria obrigada a pagar um abono de R$ 200,00 aos trabalhadores, em duas parcelas, desde que “as partes estejam cumprindo rigorosamente cada qual dos compromissos assumidos”. O acordo foi elaborado após uma série de reuniões entre o prefeito e o ex-presidente do Sintropas, que também resultaram na inclusão dos trabalhadores da Viação no cadastro do Programa Mercado da Família. Na ocasião, a concessionária do transporte coletivo de Ponta Grossa disse que ‘foi apenas espectadora’ das negociações entre Peloze e Rangel. A empresa lembrou, ainda, que o pagamento do abono exigiria otimizações no sistema e desonerações da planilha para “gerar a economia necessária para arcar com o custo desse acordo”. O Jornal da Manhã entrou em contato com Peloze, que preferiu não se manifestar sobre o assunto. A assessoria do prefeito Marcelo Rangel também não respondeu aos questionamentos da reportagem. A nova diretoria do Sintropas, que assumiu o comando após renúncia de Peloze em janeiro, disse desconhecer o acordo e o considerou inválido, já que não houve assembleia da categoria para deliberar o assunto. Acordo coincide com projeto de Pietro Embora o Governo Municipal não tenha enviado nenhum projeto de alteração na lei 7.018/02 dentro do prazo, o vereador Pietro Arnaud (PTB) apresentou à Câmara Municipal proposta semelhante ao acordo celebrado entre o Sindicato dos Motoristas e Trocadores (Sintropas) e a Prefeitura. Assim como na segunda cláusula do aditivo assinado em outubro entre as partes, a proposta de Pietro autoriza a concessionária a realizar a substituição gradativa dos cobradores pela bilhetagem eletrônica. Entretanto, o objetivo seria a redução da tarifa, e não a compensação do abono salarial dos trabalhadores. Pietro não atendeu as ligações do JM para comentar a coincidência entre as iniciativas.
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