Museu Campos Gerais reabre em abril à comunidade

Após reestruturação, Museu receberá exposição do fotógrafo Orlando Azevedo na primeira atividade para a população

Depois de quatro meses fechado para reestruturação, o Museu Campos Gerais já tem data para reabrir as portas à comunidade. Será no dia 12 de abril, a partir das 19h, com uma exposição inédita na cidade de Orlando Azevedo, fotógrafo renomado em todo o mundo, com o tema ‘Campos Gerais’. Antes disso, contudo, outras atividades já começam a movimentar o espaço do Museu, fechado desde 30 de novembro para mudanças físicas e conceituais.

Para o diretor geral da instituição, Niltonci Batista Chaves, o museu precisa ser uma voz no campo cultural de toda a região. “Nossa proposta é ter exposições vindas de outros museus e de instituições que possam contribuir conosco”, assegura, em entrevista ao portal aRede e ao Jornal da Manhã. Ele explica que serão realizadas ações mais técnicas direcionadas para quem é da área, mas também haverá atividades voltadas ao público leigo, que vão trabalhar literatura, cinema e arte de modo geral. “Queremos inserir o Museu no campo cultural ponta-grossense”, complementa.

Para o diretor de acervo, Rafael Schoenherr, a ideia de tornar o Museu mais atrativo passa pela melhoria na interação com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e também com a sociedade, e também ampliando o apelo com os municípios da região. “Uma estratégia para isso é consolidar uma agenda de atividades que torne o espaço uma opção, se não uma referência, em termos de espaço cultural e de exposições”, avalia o professor.

Antes mesmo da reinauguração, pelo menos duas atividades já vão levar o público de volta ao Museu. Nesta segunda-feira (25), será realizada a exposição ‘Descomemorar o golpe’, realizada pelos mestrados dos cursos de História e Jornalismo da UEPG e do projeto Lente Quente, coordenado por Schoenherr. Será feita uma revisão do acervo da cobertura política do projeto desde 2016. Na sequência, haverá o debate do documentário ‘Que bom te ver viva’, da cineasta Lúcia Murat, com a professora Karina Janz Woitowicz.

Acervo foi ampliado no período

Com a notícia do fechamento temporário do museu para as readequações, várias famílias destinaram seus acervos pessoais para incrementar o conjunto de documentos históricos ofertados pela instituição ao público. Chaves lista, por exemplo, as doações das famílias do professor Gabriel de Paula Machado, do jornalista Hugo dos Reis (referência em Ponta Grossa no início do século XX) e do Foto Clube Vila Velha. “As doações dos ex-prefeitos e ex-deputados Péricles de Mello e Luiz Carlos Zuk ajudarão na formação do Núcleo de História Política”, complementa o diretor do Museu.