Coro Cidade convida para uma ‘Conversa de Botequim’

O Coro Cidade de Ponta Grossa, mantido pela Fundação Municipal de Cultura, traz quatro apresentações do concerto cênico ‘Conversa de Botequim’, neste início de junho. Nos dias 04 e 05 de junho, o espetáculo acontece às 20h, no Cine-Teatro Ópera e nos dias 10 e 11 de junho, o concerto será no Cine-Teatro Pax, também às 20h. A entrada é franca.

O repertório conta com canções brasileiras das décadas de 30, 40 e 50, com sambas de Adoniran Barbosa, Noel Rosa, Pixinguinha, Ary Barroso, entre outros artistas da época. Os cenários e figurinos tentarão transportar a plateia ao ambiente das primeiras décadas do século XX, no Brasil. O cenário principal é o botequim, onde se passa a história de um malandro, seus amores e os dilemas de um relacionamento, tendo como ponto de partida as famosas calçadas de Copacabana e indo em direção da boemia da Lapa.

O concerto é cênico-musical, com direção cênica de Fabíola Capri, cenários e produção de Zequi Ramos e direção musical da maestrina Carla Roggenkamp. Haverá também a participação dos músicos Marcelo Ijaille (violão), Nicolas Salazar (flauta e percussão) e Cássio Viante (percussão). “Já vem sendo parte da prática anual do Coro Cidade envolver outras linguagens artísticas, como a dança e o teatro”, conta a maestrina do Coro, Carla Roggenkamp.

“O que faz de ‘Conversa de Botequim’ algo novo é que é uma comédia mesmo”, explica Carla. Em outras ocasiões, os músicos retrataram assuntos polêmicos, como o êxodo rural e as migrações da classe trabalhadora em ‘Torresmo à Milanesa’ (2012), as discussões raciais abordadas em ‘África: som, cor e movimento’ (2012) e ‘Tupi’ (2013), ou a sociedade de consumo em ‘Hello, Goodbye’ (2013). “Desta vez decidimos divertir. ‘Conversa de Botequim’ é feito para provocar risadas”, completa a maestrina.

O concerto possui parceria com a bailarina Fabíola Capri, formada no Bolshoi, que produziu a movimentação cênica dos cantores. Fabíola diz que a preparação cênica envolveu a distribuição de personagens ao elenco e toda a movimentação e encenação foi elaborada através do contexto do espetáculo e das letras das músicas do repertório. “Foi muito fácil desenvolver a encenação, pois todo o elenco demonstrou muito envolvimento no espetáculo e talento na arte de encenação”, complementa.

O Coro já havia feito parcerias com a bailarina em outros concertos. “A parceria com o Coro nasceu do entendimento de que a arte apoia a arte”, relata Fabíola. “É um concerto muito divertido com um repertório que certamente está na memória da maioria das pessoas, a proposta é divertir, fazer sorrir, se deixar levar pela alegria do samba”, declara o produtor do Coro, Zequi Ramos.