Castro ganha murais artísticos gigantes como legado de projeto cultural
Cidade sediou 18ª edição do Fábrica de Graffiti, reconhecido por transformar espaços urbanos em verdadeiras galerias a céu aberto
Publicado: 10/09/2025, 15:38

Castro ganhou de presente mais cor e arte nas últimas semanas. Distante 43 km de Ponta Grossa e 157 km de Curitiba, a cidade sediou a 18ª edição do Fábrica de Graffiti. O projeto reuniu 11 artistas visuais para criar 700 m² de murais artísticos, sendo 180 m² realizados na fachada da escola pública Centro Municipal Cavalinho de Pau e 520 m² na fábrica de pincéis da Tigre, patrocinadora do projeto.
Quem passa pelos locais e vê o legado deixado pela intervenção cultural, não imagina o trabalho realizado nos bastidores. Reconhecido por transformar espaços urbanos em verdadeiras galerias a céu aberto, o Fábrica de Graffiti contou com uma equipe de 14 profissionais, incluindo produtores, empreiteiros e videomakers. A ação exigiu três meses de planejamento, da pré-à pós-produção, o que incluía, por exemplo, contabilizar todo o material necessário para a pintura. Os artistas utilizaram 600 latas de tinta spray, 15 latas de tinta látex, 104 corantes, 45 rolos de pintura e 61 pincéis.

Os temas dos murais foram inspirados no esporte e no futuro. A pintura na escola abordou o esporte como ferramenta de transformação na vida da criança, destacando o projeto da tigre na área, "Maestro da Bola”. O objetivo foi ressaltar o impacto positivo do esporte no desenvolvimento humano, inspirando sonhos e fortalecendo valores. Já a intervenção na fábrica da Tigre, com o tema “Pintando o amanhã”, propôs uma reflexão artística sobre o futuro do planeta e a sustentabilidade, conectando o conceito à simbologia dos pincéis produzidos no local.
Além dos murais, a iniciativa contemplou oficinas de arte-educação no CAIC Escola Estadual Jardim das Araucárias, incluindo aulas de desenho, pintura em tela, pintura de muro e dança. Tudo para incentivar a expressão artística e a consciência sobre o papel social do graffiti. Ao todo, 60 alunos participaram de quatro dias de oficina, quando tiveram a oportunidade de aprender técnicas de desenho e pintura e a linguagem da arte de rua.
“Essa é uma cidade rica em cultura e história, e poder deixar uma marca artística em dois espaços tão significativos, uma escola e a fábrica de pincéis da Tigre, é uma honra para todos nós”, afirma a produtora executiva do Fábrica de Graffiti, Paula Mesquita. Para ela, o projeto vai além da estética. “Não se trata apenas de colorir paredes, mas de criar pontes entre artistas, comunidade e empresas parceiras. Em Castro, queremos que cada traço conte uma história, desperte olhares e gere conversas sobre o futuro, a sustentabilidade e o papel transformador da arte”, explica.

Parceira do projeto, a Tigre, por meio do Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH), reforça a importância da iniciativa: “Acreditamos no poder transformador da arte como ferramenta de inclusão, cidadania e desenvolvimento. Apoiamos com orgulho as ações da Fábrica de Graffiti em Rio Claro, Joinville e, agora, em Castro, no Paraná. Além de revitalizar espaços por meio da arte urbana, o projeto promove a conscientização sobre temas como água e sustentabilidade, envolvendo ativamente os estudantes locais em workshops criativos. É uma forma de despertar talentos, valorizar a região e democratizar o acesso à cultura, também fora dos grandes centros urbanos”, comenta Julio Cesar Franco, executivo do ICRH.
Com informações de assessoria de imprensa