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O jeito que você respira pode revelar sinais de Alzheimer; entenda

Pesquisadores descobriram que monitorar padrões respiratórios pode ajudar a entender a atividade cerebral e auxiliar no diagnóstico precoce

A taxa respiratória média dos pacientes com Alzheimer foi cerca de 17 respirações por minuto, contra 13 no grupo de controle
A taxa respiratória média dos pacientes com Alzheimer foi cerca de 17 respirações por minuto, contra 13 no grupo de controle -

Publicado Por João Iansen

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Pesquisadores ingleses descobriram que monitorar padrões respiratórios pode ajudar a entender a atividade cerebral e auxiliar no diagnóstico precoce de doenças que causam o declínio cognitivo, como o Alzheimer.

A detecção precoce da doença é crucial para que seja feito um correto manejo e que se atrasem seus efeitos devastadores para o cérebro. Entretanto, os testes mais comuns disponíveis até agora são caros e dolorosos, feitos através de amostras do líquido espinhal.

Segundo um estudo publicado na Brain Communications em 3 de fevereiro, porém, este cenário pode se tornar mais tranquilo para os pacientes. A pesquisa revela que pacientes que possuem Alzheimer respiram em um ritmo mais acelerado que os sem a doença.

A investigação foi feita comparando medidas de oxigenação cerebral, frequência cardíaca, ondas cerebrais e esforço respiratório entre 19 pacientes com Alzheimer e 20 indivíduos saudáveis.

A taxa respiratória média dos pacientes com Alzheimer foi maior: cerca de 17 respirações por minuto, contra 13 no grupo de controle.

A pesquisa sugere que o comprometimento do cérebro causado pela doença leva a uma menor capacidade de circulação de oxigênio no órgão. O corpo, tentando compensar, aumenta a frequência respiratória.

Para os pesquisadores, esta descoberta “revolucionária” pode ajudar não só no diagnóstico, mas também no tratamento da doença.

“Pode-se, inclusive, supor que o Alzheimer seja resultado de o cérebro não ser adequadamente nutrido pelos vasos sanguíneos”, defende a neurocientista Aneta Stefanovska, autora principal do estudo, em comunicado à imprensa.

Os pesquisadores indicam que a maioria dos remédios atualmente disponíveis para lidar com o Alzheimer se focam nas proteínas tóxicas que parecem levar à doença, mas que a partir desta descoberta da relação da vascularização do cérebro com o declínio cognitivo, também pode ser possível usar remédios voltados a esta melhoria para propor novos tratamentos.

Com informações: Metrópoles.

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