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Museus de PG tem acervo que vão além do conhecimento

Espaços destinados a exposições e preservação são de grande valor para a cultura e também para setores do conhecimento

Primeiro piso do Museu Campos Gerais já está apto para receber visitantes
Primeiro piso do Museu Campos Gerais já está apto para receber visitantes -

Da Redação

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Espaços destinados a exposições e preservação são de grande valor para a cultura e também para setores do conhecimento

No começo do mês o Brasil todo se chocou com o incêndio que tomou conta do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Em algumas horas o fogo consumiu grande parte de um acervo de 20 milhões de peças, entre documentos, objetos e fósseis, que eram de grande importância não só para o Brasil, mas para o mundo. O incêndio gerou reações Brasil a fora, incluindo aS Nações Unidas, que consideraram a tragédia “uma perda inestimável”.

No contexto local, Ponta Grossa possui atualmente três espaços destinados à preservação da história, sendo eles o Museu Campos Gerais, o Museu Época e o Museu de Arqueologia. Além desses espaços, a cidade conta com outros locais que preservam os pouco mais de 195 anos da cidade. São eles a Estação Saudade e a Casa da Memória.

Dentre os museus, apenas um é público: o Museu Campos Gerais. Inaugurado em 1983, ocupando o espaço do antigo Fórum Criminal de Ponta Grossa, o espaço foi transferido para uma sede provisória no ano de 2003. O atual diretor do museu, Niltonci Batista Chaves, afirma que o prédio atual foi cedido por um banco, e que a estrutura não é a mais adequada para abrigar o acervo. “Já se passaram 15 anos e o museu continua funcionando de modo improvisado. Isso ocorre devido à dificuldade de se conseguir recursos para o restauro do prédio histórico, que é o lugar apropriado para o funcionamento do museu”, destaca.

Questionado sobre a prevenção de incêndios no Museu Campos Gerais, Chaves diz que são tomadas todas precauções necessárias na prevenção de incêndios. “Temos tomado todos os cuidados, atentando com líquidos inflamáveis, manutenção da fiação e colocação de extintores. Além dessas atitudes, estamos formando uma brigada de incêndio dentro do museu. Medidas de segurança preventiva estão sendo tomadas. Um incêndio pode ter naturezas diversas, porém a situação hoje é razoavelmente tranquila no museu”, ressalta.

Se tratando da tragédia que consumiu o Museu Nacional e quase todo o seu acervo, Chaves fala sobre a importância dos museus, locais que vão além do lazer e da exibição de exposições. “Esses espaços tem esse papel de lazer e informação através das exposições, mas os museus atualmente são locais de produção de conhecimento, de ciência. Um dos maiores prejuízos no Museu Nacional foram as pesquisas que estavam em andamento lá dentro e que não envolvem só história, tem a ver com geologia, botânica, biologia e outras diversas áreas do conhecimento que são importantes para a humanidade. No Museu Campos Gerais, temos a área de exposições, mas temos espaços destinados a pesquisadores que recorrem ao museu para desenvolverem trabalhos tanto no âmbito da graduação, como de mestrado e doutorado. Fatos que comprovam a importância desses espaços”, conclui.

Edifício passa por restauração

Se tratando dos projetos futuros para o Museu Campos Gerais, o professor Chaves diz que um novo plano, com o objetivo de transferir todo o acervo do prédio improvisado para o edifício histórico está sendo desenvolvido através da Lei Rouanet. “O primeiro piso do edifício histórico já tem condições de receber visitantes, porém o desafio maior é o segundo piso, que ainda necessita de investimentos. Com o primeiro projeto de captação de recursos através da Lei Rouanet, conseguimos um valor de pouco mais de 1 milhão de reais, investido na restauração da fachada, dos forros e do telhado” diz.

Professor lamenta fechamento do Época

Atualmente a cidade conta com três museus, dois em funcionamento e um fechado, caso do Museu Época. Privado, o local é um casarão antigo, que chegou a hospedar o imperador Dom Pedro II, em uma vista a Ponta Grossa. Atualmente o museu está fechado devido a problemas de saúde enfrentados pelo dono do local. De acordo com Niltonci Batista Chaves, diretor do Museu Campos Gerais “o fechamento deste espaço é uma lástima, pois apresenta um grande e importante acervo. Temos um projeto para integrar diversos espaços históricos da cidade num ‘circuito cultural’, porém como o museu é particular e o seu proprietário está adoecido, cabe ao poder público investir neste local, investimentos esses que pouco acontecem na cultura brasileira”, afirma

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