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Seca poderá trazer R$ 103 mi de perdas a sojicultores

Perdas são maiores aos produtores que plantaram no início da janela e já colheram o grão. Campos Gerais foi uma região pouco afetada
Perdas são maiores aos produtores que plantaram no início da janela e já colheram o grão. Campos Gerais foi uma região pouco afetada -

Prejuízos em todo o Estado do Paraná serão ainda maiores, hoje estimados em mais de R$ 3,7 bilhões

A região dos Campos Gerais é uma das que terá a menor perda na produção de soja no Estado do Paraná. Se em nível estadual, devido às condições climáticas não favoráveis com a seca, há uma estimativa de redução de até 16,4% em relação à estimativa inicial, nos municípios que compreendem a região essa perda hoje está estimada em 4%. Porém, mesmo representando apenas um quarto da média da retração paranaense, quanto traduzidos em números, muitos dígitos surgem na conta. Considerando uma perda de 86 mil toneladas, o prejuízo estimado aos agricultores será na casa de R$ 100 milhões. Em âmbito estadual, segundo estimativa do mesmo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, é possível calcular um prejuízo de R$ 3,7 bilhões com a perda de 3,2 milhões de toneladas de grãos.

As lavouras plantadas mais precocemente foram atingidas por um período de falta de chuvas e de calor excessivo entre os meses de novembro e dezembro, explicou o economista do Deral, Marcelo Garrido. “Foi uma perda considerável, já que a soja é a principal cultura plantada nesse período do ano no Estado”, disse o economista. As perdas se estenderam especialmente nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte, Noroeste e Norte Pioneiro por causa da incidência de períodos com temperaturas muito elevadas no mês de janeiro. Ocorreram chuvas, mas não foram suficientes para a recuperação de lavouras.

Em âmbito estadual, a colheita deverá totalizar um volume de 16,3 milhões de toneladas, com redução de 16,4% em relação à estimativa inicial do Deral - de 19,5 milhões. Nos Campos Gerais, a primeira projetação apontava para um rendimento por hectare de 3.750 quilos de soja. Contudo, hoje o núcleo regional trabalha com a estimativa de 3.600. Com isso, a produção inicialmente estimada em 2,15 milhões de toneladas, que seria um recorde histórico, foi reduzida para 2,06 milhões de toneladas, ou seja, uma redução de exatos 4%. A baixa deverá representar 1,43 milhão de sacas de 60 quilos de soja a menos aos produtores da região, valor que multiplicado ao preço médio da saca, de R$ 72 , chega-se a um prejuízo estimado de R$ 103,2 milhões.

Rendimento ainda pode variar

Por outro lado, informa o Deral, a maior parte da lavoura plantada mais tarde se desenvolveu bem. É o caso da região dos Campos Gerais. O economista do Deral na região, Luiz Alberto Vantroba, informa que 15% já foi colhido nos Campos Gerais, que são as áreas mais precoces. Nessas áreas houveram registros de grandes perdas. “Teve áreas bem ruins, algumas que colheram apenas 1,5 mil quilo por hectare”, informa. Quem plantou na janela dita ideal, entre 20 de outubro e 10 de novembro, que deve iniciar a colheita nos próximos dias, já tem resultado melhor. “Quem plantou nessa época há algumas áreas muito boas. Tem até produtores esperando 170 sacas por hectare, o que dá cerca de 4,2 mil quilos”, diz Vantroba. Por esse fato ele alerta que a estimativa atual, de 3,6 mil quilos por hectare ainda pode variar, inclusive para mais.

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