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Classe médica de PG propõe kit-covid em tratamento

Estudos científicos e entidades internacionais e nacionais, como a Anvisa, afirmam que não existe nenhum tipo de tratamento precoce contra o novo coronavírus.

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Estudos científicos e entidades internacionais e nacionais, como a Anvisa, afirmam que não existe nenhum tipo de tratamento precoce contra o novo coronavírus

O presidente da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG), Francisco Pereira de Barros, conversou na tarde desta terça (23) com o Portal aRede sobre o posicionamento da entidade para a aplicação de um tratamento precoce, em Ponta Grossa (PR), contra a covid-19. Além disso, a Associação criará um Centro de Atendimento ao Covid – CAC Ponta Grossa, o qual prestará serviços para a população e deve ser inaugurado em abril. Os medicamentos utilizados seriam azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina.

Na manhã de hoje (23), a AMPG fez um comunicado para a Secretaria Municipal de Saúde, Comitê da Covid-19, além do secretário de Saúde, Rodrigo Manjabosco, pedindo ajuda para aplicar um possível tratamento precoce para o novo coronavírus. Segundo o texto, “um número substancial de colegas atuantes na linha de frente contra a covid e adeptos do tratamento profilático e do tratamento precoce (que denominamos em nosso grupo como imediato) resolveram criar” o Centro de Atendimento.

Durante a conversa com o Portal aRede, Francisco explicou de onde surgiu a ideia para a aplicação de tratamentos iniciais para o novo coronavírus. “É uma opção um tanto quanto polêmica, alguns defendem e outros não. Diante de uma situação que não temos muita opção, aqueles que defendem (o tratamento) vão utilizar”, disse o presidente da Associação, citando exemplos de cidades que usaram dessa estratégia como Porto Seguro (BA), Porto Feliz (SP) e São Lourenço (MG), além de estudos, sem citar quais são eles.

Medicamentos utilizados

Segundo Francisco, os remédio que seriam receitados para o tratamento precoce são: azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina. Esses são rejeitados por agência reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Mundial da Saúde (OMS) e a FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, além do próprio secretário de Saúde de Ponta Grossa, Rodrigo Manjabosco, e do diretor da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, Robson Xavier.

Além disso, a própria Associação Médica Brasileira fez um comunicado nesta terça (22) pedindo o banimento desses remédios para uso em tratamento precoce da covid-19. “Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas”, diz um dos trechos do documento.

Centro de atendimento

O presidente da Associação Médica de Ponta Grossa também falou sobre a criação do Centro de Atendimento ao Covid – CAC Ponta Grossa. O local deve iniciar suas atividades em abril e atenderá a população ponta-grossense. “A pessoa ligaria para nós e a secretaria colocaria ela na agenda, conforme disponibilidade dos médicos. Alguns atenderão de forma presencial e outros on-line, na telemedicina”, explica Francisco.

Após esse atendimento, os médicos receitariam os medicamentos para as pessoas que necessitarem deles. “Mesmo que seja em benefício da dúvida. Está cheio de medicamento que causa um monte de efeitos colaterais e continuamos receitando. É fato que essa doença tem matado pessoas e precisamos tomar atitudes mais corajosas, sem descuidar do vírus,” afirma o presidente da AMPG.

Ao final da entrevista, Francisco reafirmou que as pessoas precisam continuar se cuidando, pois a situação da cidade é crítica. “A melhor maneira de tratar uma doença é não pegar ela. Usar máscara, álcool em gel e distanciamento social. A gente tem visto várias pessoas se agrupando, como se nada tivesse acontecendo. É questão de bom senso”, finaliza.

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