PONTA GROSSA
Valtão deve participar das sessões na Câmara Municipal
Em prisão domiciliar, vereador foi diagnosticado com a covid-19 e deve ficar ausente na primeira semana de retorno às sessões
Mario Martins | 14 de fevereiro de 2021 - 10:25
Em prisão domiciliar, vereador foi diagnosticado com a
covid-19 e deve ficar ausente na primeira semana de retorno às sessões
O vereador Walter José de Souza, o Valtão (PRTB), poderá participar
presencialmente das sessões na Câmara Municipal de Ponta Grossa. Em prisão
domiciliar e monitorado por tornozeleira eletrônica, o parlamentar é
investigado por corrupção durante o período em que foi relator da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) do Estar Digital, que atuou em 2020 e investigou os
contratos da Prefeitura com a empresa Cidatec, responsável pela gestão do
serviço na cidade.
De acordo com os advogados Fernando Madureira e José Valdeci
da Rosa, que representam Valtão nesse caso, a defesa pretende pedir autorização
da Justiça para que o vereador compareça às sessões presencialmente. Os
trabalhos ordinários serão retomados na Câmara nesta segunda-feira (15), mas Valtão
não deve comparecer nesta primeira semana. Isso porque, mesmo em prisão
domiciliar, ele foi infectado e teve confirmado o diagnóstico positivo para a
covid-19.
Investigado por corrupção, Valtão alega inocência e garante que não recebeu propina quando foi relator da CPI do Estar Digital. O caso foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR) e resultou na prisão de dois vereadores, do então presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) e de quatro empresários da cidade – um dos vereadores e o ex-presidente da AMTT já foram liberados, mas os outros presos viraram réus por corrupção.
O vereador do PRTB é alvo de vários pedidos de cassação na
Câmara e até um grupo formado por representantes da sociedade civil organizada
se mobiliza para pedir que o parlamentar preso seja cassado e deixe o mandato.
Esses pedidos, no entanto, não estão na pauta da primeira sessão ordinária –
embora a expectativa seja de que esse assunto seja abordado durante os
pronunciamentos dos vereadores no retorno das sessões.