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Três coisas importantes sobre os animais (28/07)

Três coisas importantes sobre os animais

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O elefante e a corda

Eis o procedimento adotado pelos treinadores de circo, para que os elefantes jamais se rebelem – e eu desconfio que isso também se passa com muita gente. Ainda criança, o bebê-elefante é amarrado, com uma corda muito grossa, a uma estaca firmemente cravada no chão. Ele tenta soltar-se várias vezes, mas não tem forças suficientes para tal. Depois de um ano, a estaca e a corda ainda são suficientes para manter o pequeno elefante preso; ele continua tentando soltar-se, sem conseguir. A esta altura, o animal passa a entender que a corda sempre será mais forte que ele, e desiste de suas iniciativas. Quando chega à idade adulta, o elefante ainda se lembra que, por muito tempo, gastou energia à toa, tentando sair do seu cativeiro. A esta altura, o treinador pode amarrá-lo com um pequeno fio, num cabo de vassoura, que ele não tentará mais a liberdade.

A mãe girafa faz o filho sofrer

O parto da girafa é feito com ela em pé, de modo que a primeira coisa que acontece com o recém-nascido é uma queda de aproximadamente dois metros.  Ainda tonto, o animal tenta firmar-se nas quatro patas, mas a mãe tem um comportamento estranho: ela dá um leve chute, e a girafinha cai de novo ao solo. Tenta levantar-se, e é de novo derrubada.  O processo se repete várias vezes, até que o recém-nascido, exausto, já não consegue mais ficar de pé.  Neste momento, a mãe novamente o instiga com a pata, forçando a levantar-se. E já não o derruba mais. A explicação é simples: para sobreviver aos animais predadores, a primeira lição que a girafa deve aprender é levantar-se rápido.  A aparente crueldade da mãe encontra total apoio em um provérbio árabe: “às vezes, para ensinar algo bom, é preciso ser um pouco rude”.

A carpa aprende a crescer

A carpa japonesa (koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros - mas pode atingir três vezes este tamanho, se colocada num lago. Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual, e intelectual. Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se formos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, ao invés de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano – mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.

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