Editorial
Os mutirões do HU destravam a fila da cirurgia eletiva no PR
Da Redação | 27 de novembro de 2025 - 03:03
É importante destacar os esforços do Estado para ampliar a oferta de exames especializados. O ano de 2025 é marcado pela intensificação das cirurgias e consultas com 83 mutirões e atendimentos ampliados. Foram feitos 83 mutirões neste ano, mobilizando equipes extras, horários estendidos e estruturas adicionais exclusivamente dedicadas a acelerar o atendimento da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Neste cenário, de novembro de 2024 a julho de 2025, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, ligado à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizou a maior ação de aceleração ortopédica já realizada no Estado. Embora não tenha ocorrido em um único dia, como nos mutirões tradicionais, a iniciativa funcionou como um mutirão contínuo, com reforço de equipes, agendas ampliadas e produção extra dentro do programa estadual. Esse esforço inédito permitiu reduzir a fila de 306 pacientes que aguardavam por cirurgias de quadril, joelho e mão — incluindo prótese de quadril, prótese total de joelho, lesões ligamentares, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e dedo em martelo.
Os HU-UEPG são referências em diversos tipos de cirurgias, como geral, ortopédica, pediátrica, otorrinolaringológica, ginecológica, vascular, entre outras. Além disso, os hospitais universitários atendem a casos de acidente vascular cerebral (AVC), hemorragia digestiva, no HU, e às gestantes, no Humai.
Com essa ampla gama de atendimentos foi possível chegar a uma marca tão expressiva, com 585 cirurgias realizadas no HU; e 101 cirurgias pediátricas e 103 partos por cesariana realizados no Humai, totalizando os 789 procedimentos cirúrgicos. Além disso, foram feitos outros 55 procedimentos obstétricos durante as cirurgias e 103 partos normais.
Desde o início de 2024 os Hospitais Universitários mantêm um patamar elevado em procedimentos cirúrgicos realizados. Foi em março, no mês de aniversário do HU-UEPG, que a marca de no mínimo 700 cirurgias mensais foi atingida (foram 743). Em abril foram 750, maio 733, junho 712 e julho 765 cirurgias.
Os mutirões não atrapalham o fluxo normal dos hospitais, pois são feitos fora do horário de rotina, utilizam salas cirúrgicas e equipes extras, não interferem nas cirurgias de urgência e emergência, não ocupam vagas que seriam usadas nos atendimentos do dia a dia e são planejados para não sobrecarregar os profissionais que atuam na linha de frente.
Com o esforço conjunto de equipes médicas, administrativas e de regulação, as ações ampliam a capacidade assistencial e reduzem o tempo de espera.