Editorial
PG precisa de um aeroporto moderno e internacional
Da Redação | 26 de junho de 2025 - 01:49

Os esforços de Ponta Grossa precisam ser direcionados para a construção de um novo aeroporto, com plena infraestrutura e com possibilidade para a oferta de voos comerciais. Nesta semana, o tema voltou a ganhar relevância no âmbito político e entre diferentes classes empresariais a partir de matérias produzidas pelo Portal aRede e Jornal da Manhã. Há um consenso: a operacionalização do espaço aéreo ponta-grossense é benéfico para todos. A questão é como essas ações serão implementadas.
Qualquer investimento que se faça no aeroporto terá prazo de validade. O Sant’Ana foi construído num círculo de terra limitado pelo Rio Tibagi, pela ferrovia e pela rodovia. A ampliação da pista, para receber aeronaves de maior porte, é o ponto central de toda a discussão. Ocorre que, para isso acontecer, serão necessários altos investimentos e mesmo assim, pela complexidade da proposta, a execução do projeto levaria muitos anos.
Inaugurado em 1949, com uma pista de terra, o aeroporto recebeu seu primeiro voo comercial em 1963, com a Real Aerovias operando aviões Douglas DC-3, com capacidade de 21 a 32 passageiros. Outras cinco companhias operaram rotas para São Paulo e cidades do Paraná, entre as quais a OceanAir Linhas Aéreas, para Cascavel e São Paulo, até 2003. Em seu auge, no século passado, recebia até 200 passageiros em seis voos diários.
É impossível o Sant’Ana atender as expectativas atuais de Ponta Grossa. O aeroporto não acompanhou o crescimento e o desenvolvimento socioeconômico do Município, em toda a sua história recebeu poucos e baixos investimentos e por muitos anos. Somente para ilustrar este cenário, de 2003 a 2016 o Aeroporto ficou sem receber voos comerciais regulares, resumindo suas operações à aviação geral e ao Aeroclube do Município.
Na última terça-feira (24), a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos (SMPE) protocolou um ofício junto à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), em que solicita a destinação de um imóvel de propriedade federal ao município. A área de mais de 1,6 milhão de metros quadrados está situada na região conhecida como Horto Florestal II, no bairro Cará-Cará, à frente da cabeceira 26 da pista do Aeroporto Sant’Ana.
O terreno mencionado é de importância estratégica para a cidade e faz o pedido com base em três pontos. O principal deles é justamente o que indica que a cessão da área permitirá modernizar a pista do Aeroporto Sant’Ana. Com isso, a SMPE projeta a garantia de eficiência operacional, atração de investimentos, fomentação de turismos e negócios, além da conquista de novas rotas e companhias aéreas. O documento lembra que a atual extensão da pista impede a operação com aeronaves de maior porte.