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A triste sina do aeroporto de R$ 60 mi sem voos comerciais

É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão.
É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão. -

A suspensão de voos comerciais no Aeroporto Sant’Ana, a partir de amanhã (29), trará consequências graves para importantes setores da economia, conturbará a vida de quem necessita do transporte aéreo e impactará negativamente no desenvolvimento socioeconômico de Ponta Grossa. Diante do fracasso das inúmeras mobilizações realizadas desde o dia 4 de fevereiro, quando a Azul surpreendeu a todos com o anúncio do fim da operação da linha, resta às lideranças empresariais e políticas convergirem esforços e projetos para a construção de um moderno aeroporto. 

Investir no Sant’Ana é jogar dinheiro fora. O aeroporto é acanhado e está localizado numa área com impossibilidade de expansão. O contrassenso neste cenário de retrocesso é que o espaço está recebendo mais de R$ 60 milhões para a realização de diversas obras. Neste mês começaram os serviços de terraplanagem, pavimentação e drenagem. Em agosto, serão implementados os auxílios à navegação aérea, estruturas metálicas, além da realização dos serviços de vedações, revestimentos e pinturas. Os serviços de acabamento, como o paisagismo e a instalação de mobiliário, estão previstos somente em 2026.

A previsão é de que a obra seja concluída até o último dia de dezembro de 2026, caso um novo aditivo não seja acordado. Resta saber quem vai se beneficiar de todos esses investimentos? Quem vai utilizar o aeroporto? Outra questão pertinente é fazer um levantamento, pelo próprio Município, para saber quanto vai custar aos cofres públicos a manutenção de um aeroporto sem voos comerciais. 

A Azul iniciou suas operações em Ponta Grossa no dia 13 de outubro de 2016, sempre fazendo a rota entre o aeroporto Sant’Ana (PGZ) e o de Viracopos, em Campinas. As operações só foram suspensas em Ponta Grossa no período da pandemia do Coronavírus, em 2020, retomados em dezembro de 2021 – e que agora serão encerrados definitivamente. Ainda em 2020, Ponta Grossa teve voos regulares da VoePass, para Congonhas (São Paulo) e Foz do Iguaçu. 

O aeroporto é uma peça estratégica para o desenvolvimento econômico. Cidades com infraestrutura aeroportuária eficiente tornam-se polos de conexão, impulsionando o turismo, fortalecendo o comércio local e regional e estimulando o crescimento de indústrias que dependem de transporte ágil. Agora, com o fim dos voos comerciais, Ponta Grossa e os municípios dos Campos Gerais voltam a depender de São Jose dos Pinhais para utilizar o serviço aéreo.

Ponta Grossa cresce acima da média nacional, é referência no Estado e se desponta no cenário nacional por diferentes motivos. Um deles é a força do parque industrial e do comércio, dois setores que produzem muitos empregos e impostos à cidade. O único pecado é não ter um aeroporto à sua altura. Um erro cometido no passado. 

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