Editorial
Crescimento no número de imóveis em PG impressiona
Da Redação | 15 de março de 2025 - 00:00

Na próxima semana, vence a primeira parcela ou a cota única do IPTU em Ponta Grossa. E o lançamento desse imposto mostrou algo impressionante: o expressivo aumento no número de boletos lançados desse imposto, que é uma mostra do grande crescimento da cidade nesses últimos anos. Apenas de 2024 para 2025, a Prefeitura aumentou o número de imóveis tributados em 27 mil, o que representa uma elevação de 15% no total de boletos lançados. Agora, são 210,7 mil cadastros de imóveis, terrenos e empreendimentos sujeitos a pagar o imposto municipal.
O secretário da Fazenda, Claudio Grokoviski, confirmou que a maior parte desses números se refere, sim, à expansão de Ponta Grossa, aos imóveis novos que foram entregues nesse último período. Ele recorda que inúmeros conjuntos habitacionais, residenciais e condomínios foram entregues, especialmente no Cará-Cará e Uvaranas, e no bairro Neves.
Também contribui para esse número o uso da tecnologia, com a análise de fotos aéreas, que identificaram novas edificações e que foram taxadas para este ano de 2025.
Ainda assim, aumentar em 27 mil o número de imóveis, entre residenciais, comerciais e indústrias, é impressionante. Para se ter ideia, dados do Ipardes apontam que Irati, que é a quarta maior cidade da região de Ponta Grossa, tem um total de 24 mil moradias. Aliás, a maior parte dos municípios dos Campos Gerais não tem 27 mil habitantes – e Ponta Grossa ganhou essa quantidade de imóveis em apenas um ano.
Nos últimos anos, a cidade registrava um déficit habitacional, e esses números mostram que esse déficit pode ser reduzido. Especialmente com o Programa Minha Casa, Minha Vida, reativado no final de 2023 e que beneficiou inúmeras famílias em 2024.
Da mesma forma que aumentou o número de imóveis, deve aumentar, também, a arrecadação municipal. E esse valor será importante para que a Prefeitura tenha mais recursos para poder dar suporte a toda essa demanda extra. Mais casas e mais imóveis significam mais famílias habitando lugares cada vez mais distantes do Centro, demandando de maior infraestrutura.
Desse modo, também é importante que a população mantenha o pagamento dos seus impostos em dia. Em média, segundo Claudio, a inadimplência anual fica perto dos 25%, recursos os quais deixam de entrar nos cofres do município, o que significou R$ 35 milhões em 2024.
São números que impressionam, que comprovam na prática, de forma física e visível aos olhos de todos, todo o crescimento da cidade, fruto de um momento de grande desenvolvimento econômico, reflexo de grandes investimentos no município.