Editorial
Mais uma vitória para o setor de saúde de PG
Da Redação | 10 de junho de 2022 - 01:03
O anúncio do começo das obras do Hospital do Câncer é mais uma vitória para Ponta Grossa. Há anos as lideranças do Município buscavam recursos para construí-lo e essa afirmação aconteceu ontem (9). No total, serão investidos R$ 12 milhões na unidade.
Em março, o deputado Plauto Miró havia conseguido a liberação de R$ 8,3 milhões para edificação. O restante será depositado a partir da execução do cronograma pré-estabelecido. O projeto do novo hospital vai humanizar o atendimento, dar mais conforto e ampliar a capacidade de atendimento para uma região com mais de um milhão de habitantes.
Dados do Hospital Santa Casa de Misericórdia mostram aumento considerável nos atendimentos oncológicos nos últimos cinco anos. Em 2016 eram em média 919 consultas ao mês. Em 2021, esse número passou para 1.261 consultas mensais. As sessões de quimioterapia também estão mais numerosas: saltaram de 489 em 2016 para 661 ao mês em 2021, crescimento de 35%. Já as cirurgias oncológicas que, na média, eram de 78 ao mês, atualmente chegam a 109.
O Hospital do Câncer contará com 18 consultórios médicos, 23 leitos e oito poltronas para quimioterapia e ainda seis leitos de observação em duas salas destinadas às emergências. Haverá também nove salas de assistência, que serão usadas para orientações, triagem, coleta de exames, curativos e procedimentos simples.
Está prevista uma área de hemodiálise com capacidade para 43 pessoas, com sala de emergência, dois consultórios e dois leitos de observação. Até um restaurante e um espaço ecumênico serão construídos, além de rouparia, vestiários e ambiente administrativo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o câncer uma doença de emergência e, por isso, a indicação é que seja tratada o quanto antes. Pesquisas publicadas mostram que cada quatro semanas de atraso no tratamento, o risco de morte aumenta em até 13%.
Somente no ano passado, em todo o Paraná, foram realizados mais de 352 mil procedimentos ambulatoriais e hospitalares de oncologia, somando cerca de R$ 302,3 milhões pagos em todo o Estado.