PG precisa ficar atenta para não perder a ESA

O silêncio de Ponta Grossa sobre a nova Escola de Sargentos das Armas (ESA) abre espaços para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e Recife, em Pernambuco, intensificarem os encontros em Brasília, com a cúpula do Exército e com senadores e deputados. O empreendimento só virá para o Município se as lideranças políticas efetivamente tiverem disposição e compreensão da importância dessa unidade. Caso contrário, vão contabilizar uma grande derrota.

 Um artigo de autoria da advogada Juliane Müller Korb mostra que Santa Maria não está medindo esforços para conseguir a ESA.  ‘Se consegue delinear com extrema facilidade as vantagens técnicas e as potencialidades que habilitam Santa Maria a ser a escolhida. Podemos perceber que se trata de um projeto comunitário. As campanhas pela vinda da escola mobilizaram diversos setores e contam com adesão massiva da comunidade. Não há como titubear. Se o critério for técnico e genuinamente de gestão, nossa cidade é infinitamente superior às concorrentes’, assinala. Ela cita que o ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, recebeu em audiência, na manhã da quarta-feira (13), o deputado estadual Tenente-Coronel Zucco e o prefeito de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom, acompanhados de comitiva. Todos saíram otimistas da reunião.

A advogada cita que Ponta Grossa e Recife tiveram de fazer grandes concessões, com doações de áreas para a construção da escola e promessas milionárias de investimentos em novas estruturas. ‘Aqui temos praticamente tudo pronto, e o que ainda não está definitivamente concluído tem indicativo e propostas reais de finalização, assinala.

A nova unidade deve atrair um contingente de cerca de 8 mil pessoas, somando 2,5 mil alunos por ano a instrutores, corpo administrativo e familiares dos militares, o que representará um marco de desenvolvimento para Ponta Grossa. O investimento total é estimado em R$ 1,5 bilhão. 

A decisão sobre a Escola de Sargentos da Armas deve ser anunciada no próximo mês. As lideranças ponta-grossenses não podem ficar de braços cruzados e devem pressionar as autoridades militares, em Brasília. Aliás, Brasília perto muito mais perto do que Dubai, onde a prefeita Elizabeth Schmidt passou os últimos 9 dias.