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Saúde dos adolescentes é colocada em perigo

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A população foi pega de surpresa, nesta quinta-feira (16), com a decisão do Ministério da Saúde de suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades. É, no mínimo, equivocada. Em Ponta Grossa e no Paraná, as autoridades médicas ainda buscam uma solução para este contratempo provocado pelo governo federal.

A medida foi divulgada por meio de nota técnica emitida pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19 (SEI/MS) ainda na noite dessa quarta-feira (15). Até então, a ampliação da imunização de jovens de 12 a 17 anos estava oficialmente recomendada.

Como justificativa para revogar a proteção do grupo, o governo federal afirma que a "Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades". 

O ministério também argumentou que a decisão foi tomada devido ao fato de a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela covid-19 apresentarem evolução benigna da doença. Outro ponto levantado foi o de que houve uma redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico.

Não há o menor fundamento nos argumentos apresentados pelo Ministério da Saúde. Suspender a proteção dos adolescentes compromete não só a saúde deles, como a própria efetividade do Plano Nacional de Imunização.

Mais de 2 mil adolescentes morreram de covid-19 desde o início da pandemia. Esse número supera a soma de mortos por todas as doenças imunopreveníveis na infância no país. O peso da COVID sobre esses jovens, portanto, é significativo e merece atenção. A saúde do adolescente, mais uma vez, está sendo negligenciada

Especialistas ressaltam que a saúde dos jovens de 12 a 17 anos, apesar de pouco debatida durante a pandemia, foi significativamente impactada pela doença e não deve ser negligenciada. O número de óbitos em crianças e adolescentes no Brasil foi sete vezes maior do que no Reino Unido, em decorrência de situações de vulnerabilidade socioeconômica. 

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