Editorial
Gerar empregos minimiza efeitos da pandemia
Da Redação | 30 de abril de 2021 - 02:45
Muito embora não tenha repetido os números dos meses
anteriores, ainda assim Ponta Grossa está entre as 10 cidades que mais geraram
vagas no Estado no primeiro trimestre, e no top 70 nacional, com 1.930 novos
postos de trabalho criados no período. Números revelados pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia,
apontam que a cidade teve um saldo negativo de 110 vagas de emprego, resultante
de 3.631 admissões e 3.741 demissões no mês passado.
A queda foi impulsionada pelo setor de construção civil, que
registrou o fechamento de 444 vagas em maio. Foi o único setor a ter retração
no mês. Dentro da construção civil, nas suas subdivisões, três áreas
apresentaram grandes números de demissões: construção de edifícios, com o
fechamento de 82 vagas; a construção de redes de abastecimento de água e coleta
de esgoto, com 149 postos fechados, e obras para a geração e distribuição de
energia e telecomunicações, com a perda de 241 vagas.
Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, que
engloba o período entre abril de 2020 e março de 2021, Ponta Grossa tem o 15º
melhor desempenho do país, com 6.064 novas oportunidades criadas no período,
saldo fruto das 42.178 admissões e 36.114 desligamentos. É o segundo melhor
resultado do Estado, atrás apenas da capital, Curitiba, onde a foram geradas
16,1 mil vagas no período (segundo melhor resultado do Brasil).
Na contramão deste cenário, 277 municípios do Paraná
registraram saldo positivo nas contratações em março deste ano, o que
representa cerca de 69,4% do total. O número é levemente inferior aos
resultados de janeiro (73%) e fevereiro (85%) e está em consonância com a
redução do ritmo de contratações no último mês, impactado pelas medidas
restritivas de circulação e pelo pico da pandemia no Estado - março teve saldo
de 11.507 novos empregos, contra 25.351 em janeiro e 41.626 em fevereiro.
Outros 17 municípios empataram as contratações e demissões e
permaneceram zerados no terceiro mês do ano. Na contramão da média estadual,
105 cidades (26,3%) fecharam março com estoque negativo de emprego, mas 63
delas perderam até dez vagas, o que indica variação sazonal, com boas chances
de reversão em curto prazo.