Editorial
PG tem grandes desafios com a frota crescente
Da Redação | 03 de fevereiro de 2021 - 05:20
Frota crescente é sinônimo de problemas aumentando. Muito
embora tenha direcionado investimentos expressivos na infraestrutura, nos últimos
10 anos, para melhorar a mobilidade urbana e o sistema viário, Ponta Grossa
conseguirá ter um trânsito funcional alargando ruas, construindo viadutos e
pontes. Afinal, a cidade chega no ano 2021 com 217,903 veículos.
Os números do Departamento de Trânsito (Detran), posicionam
o município como a 5ª maior frota do Paraná. Atrás de Curitiba, Londrina,
Maringá e Cascavel. Os automóveis são responsáveis pela maior fatia dos
veículos ponta-grossenses: 131.932 (60,5%). Na sequência aparecem as
motocicletas, com 24.726 unidades (11,3%) e as caminhonetes, com 19.444 (8,9%).
Por que a preocupação? O excesso de veículos no espaço
urbano causa congestionamentos, acidentes e é responsável pela grande
parte da poluição nos centros urbanos. Mais do que apenas causar irritação,
estresse e cansaço nas pessoas, o trânsito atravancado causa prejuízos de ordem
social e econômica. Inchaço da frota de
veículos aumenta riscos à saúde e ao meio ambiente. Conforme especialistas, o
risco de infarto, hipertensão, enfisema pulmonar e problemas respiratórios é
agravado pela poluição atmosférica causada pela frota veicular.
Tem que defenda a seguinte tese: é necessário haver um custo
maior para quem quer dirigir em ruas mais congestionadas, para reduzir o
trânsito nas áreas mais problemáticas e incentivar o motorista a usar o
transporte público. Quem consome mais o bem público (a rua, os sinais, o
guarda, a sinalização) tem que arcar mais com o custo de manutenção.
As avenidas e ruas são estreitas e o poder público tem
dificuldade de fazer as adequações necessárias. Existem algumas raras exceções
como a Visconde de Mauá, a Visconde de Taunay, a João Manoel dos Santos, a Ernesto
Vilela e a Dom Pedro II. Quando a Carlos Cavalcanti e a Monteiro Lobato
perderam a funcionalidade, a Prefeitura não teve alternativa a não ser
transformá-las em mão única.