Editorial
Mercadão é uma incógnita
Da Redação | 14 de julho de 2020 - 02:04
É importante a administração pública
vir a público para apresentar informações sobre o novo mercadão de Ponta
Grossa. A Prefeitura sinaliza com a possibilidade
de rescindir o contrato com a Tekla Engenharia, empresa que venceu a licitação.
Se fizer isso, poderá enfrentar uma batalha jurídica. A empreiteira alega
problemas em obter a documentação do imóvel para iniciar as obras de R$ 70
milhões.
Conforme foi previsto no acordo
assinado entre a empresa e o município, em 2017, os prazos divulgados para a
conclusão da obra era de 36 meses a partir da publicação da assinatura da
concessão em diário oficial, ou seja, em outubro de 2020. A empresa promoveria
a completa recuperação desse complexo, que envolve a reestruturação dos quatro
pavimentos do Mercado que terá mais de 200 lojas (sendo quarenta exclusivos
para hortifrúti), e ainda, no último piso, 14 restaurantes com vista panorâmica.
Até o momento, houve a demolição da estrutura antiga e a remoção de entulhos.
Ricardo Siqueira, engenheiro
civil e proprietário da Tekla Engenharia, respondeu à reportagem do Jornal da
Manhã e Portal aRede que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação da
prefeitura com uma rescisão de contrato. Revelou que tem a intenção, sim, de
continuar o projeto. Desde que obteve a concessão, Siqueira recorda inúmeras
dificuldades encontradas no local para a realização da obra, que não estavam
previstas, que foram atrasando os processos iniciais.
É importante uma definição. O
cumprimento do contrato dará um fôlego à economia de Ponta Grossa e abrirá
oportunidade da abertura de centena de empregos. Diante dessa crise econômica
causada pelo coronavírus, um empreendimento deste porte ajudaria o Município a
minimizar os efeitos do desemprego.
Tem o aspecto urbano também que
precisa ser colocado na balança. Da forma como está (em ruínas), o espaço representa
um cenário negativo numa região que, apesar de estar no Centro, não recebe os
investimentos necessários.