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Imagem ilustrativa da imagem Crise e mais crise

No dia em que o Brasil contabilizou 14.455 mortes e somou 212.198 casos do novo coronavírus o conturbado Palácio do Planalto sofreu novo revés com o pedido de exoneração do médico Nelson Teich, do Ministério da Saúde. Ele assumiu há cerca de um mês, no lugar de Luiz Henrique Mandetta. Os dois, em comum, foram derrotados pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem se especializado em promover graves crises em meio à tempestade de problemas vividos pelo Brasil.

Teich disse que escolheu sair, que “deu o melhor” de si e que aceitou o convite “não pelo cargo”, mas “porque queria tentar ajudar as pessoas”. Ele não entrou em detalhes sobre as razões da saída. Havia divergências entre ele e o presidente Jair Bolsonaro sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19.

Todas essas ocorrências, em Brasília, com ministro saindo, ministro sendo ameaçado e ministro querendo abandonar o banco, apenas aumentam o estresse da população. A turbulência política deixa apenas uma certeza: a crise não vai ser superada em pouco tempo, a recessão será severa e as questões (principalmente as sociais) se agravarão. 

O Brasil está diante da maior calamidade na saúde pública, com o maior número de mortos de nossa história recente. Não é o momento de jogar mais dúvidas neste cenário, que tem infligido tanta dor, sofrimento e morte aos brasileiros. O fato é que as regras não podem ser modificadas sem subsídio científico. A venda da cloroquina de forma irrestrita nas farmácias pode levar pacientes a mais agravos e mortes. Neste cenário, reafirma-se a necessidade das medidas de isolamento, valorizando a ciência, a pesquisa clínica e social, que trazem evidências eficazes para transformarmos a realidade que vivemos, mas que vêm sendo refutadas pelo presidente.

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