Editorial
Quase nada a comemorar
Da Redação | 01 de maio de 2020 - 01:09
No Dia do Trabalhador há muito o que se lamentar e pouco a comemorar. A expectativa de que 2020 seria o ano do emprego e da oportunidade transformou-se em pesadelo com a pandemia do coronavírus. Estima que houve um aumento de 150 mil pessoas desempregadas no país entre março e a primeira quinzena de abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2019, em razão da crise causada pelas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19) no Brasil. Em Ponta Grossa, muito embora não existam índices oficiais, o desemprego também cresceu.
A taxa de desemprego subiu de 11% para 12% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre de 2019. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o desemprego caiu, já que entre janeiro e março de 2019, a taxa era de 12,7%. Os dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 12,9 milhões de pessoas estão desempregadas. Isso significa uma alta de 10,5% no número de pessoas sem emprego, quando comparada com o trimestre anterior (outubro a dezembro), que tinha 11,7 milhões de desempregados.
Em março, foi publicada pelo Governo Federal a medida provisória que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e trata da aplicação de medidas trabalhistas complementares para o enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus.
Entre as novas regras, que terão validade apenas durante o estado de calamidade pública, estão: a permissão para a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; a permissão para suspensão temporária do contrato de trabalho e o pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, uma espécie de complementação financeira, pelo governo, na celebração de acordos específicos.
Neste dia, especificamente, quem está empregado deve levantar as mãos aos céus em agradecimento.