Riscos invisíveis

O anúncio do primeiro caso suspeito de coronavírus (Covid-19) em Ponta Grossa, por parte do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10), acendeu um alerta sobre a proximidade física às ameaças de algo novo e praticamente desconhecido. É apenas uma suspeita, e segundo a secretaria Municipal de Saúde, não há motivos para alarde, afinal todos os cuidados estão sendo tomados. Além do mais, o menino de sete anos, suspeito de ter adquirido o vírus em uma viagem para a China em janeiro, já apresenta melhorias em seu quadro clínico.

Contudo, o caso será descartado – ou não – apenas depois das análises realizadas nos laboratórios. São dois os processos de verificação, um realizado no Paraná, em Curitiba, que sai em até 48 horas, e a contraprova, realizada no Rio de Janeiro, que levará até 72 horas. O exame foi feito nesta segunda (10), e portanto o resultado deverá ser revelado até sábado. É importante ressaltar que até o momento não há nenhum caso confirmado no país.

Na China, já são mil mortos, e o número de contaminados já chega a 43 mil. Fora da China, são cerca de 400 casos confirmados em 24 países, com apenas uma morte.

Em paralelo com essa ameaça, há outras doenças para se preocupar. Que dependem da atenção de cada um de nós para evitar a sua propagação e suas consequências. Uma bastante grave, em números de casos confirmados, é a dengue. Já não mais de 15 mil casos confirmados no Paraná. Outro perigo rondando, especialmente a região dos Campos Gerais, é a febre amarela, onde diversos macacos já morreram.

Se para o coronavírus ainda não há um antídoto para o combate, para a dengue é simples: basta cada um fazer a sua parte, não deixando água parada. Por outro lado, a febre amarela, cuja taxa de mortalidade pode chegar a 60%, pode ser evitada com a vacina. Nesta segunda-feira teve início a campanha de vacinação contra o sarampo. Os postos de saúde de Ponta Grossa disponibilizam as vacinas para imunização. Todos riscos invisíveis, mas passíveis de serem evitados.