Editorial
Preço justo e acessível
Da Redação | 14 de janeiro de 2020 - 03:29
Se o governo não adotar medidas pontuais, o preço do combustível vai explodir e o tão almejado crescimento econômico não acontecerá. Gasolina, diesel e etanol estão muito caro. No final do ano passado os postos apresentaram uma variação média de 10% no preço dos combustíveis. Um estudo mostra que a gasolina e o etanol apresentaram variação de 10,5% e 10%, respectivamente. Uma diferença superior à média nacional, que ficou em 9% para ambos os combustíveis. A gasolina, por exemplo, teve o seu menor valor em agosto, com o litro vendido a R$ 4,229, ante os R$ 4,675, encontrado nas bombas em maio.
Nessa segunda-feira (13), a Petrobras confirmou a redução de 3% no preço do diesel e da gasolina para as refinarias. A medida entra em vigor nesta terça-feira (14). O último reajuste anunciado pela companhia para a gasolina foi em 1º de dezembro do ano passado e, para o diesel, no dia 21 daquele mês.
O problema é que, para o consumidor, a redução do preço deve demorar algum tempo, porque as distribuidoras têm que gerir o estoque, estimado entre 15 milhões e 20 milhões de litros. Só baixa o preço quando a distribuidora vender o estoque que comprou mais caro. Para chegar à bomba, deve demorar 15 dias, justamente porque a concorrência é muito grande no setor de revenda.
Aproximadamente 89% dos Estados brasileiros têm mais da metade de seus municípios com valores acima da média estadual para a gasolina. Com o etanol, o comportamento não é diferente, pois 78% dos municípios apresentam o preço acima da média para o seu Estado.
O preço do combustível precisa ser reduzido significativamente. A população não pode continuar sendo esfolada.