Editorial
Apertando o cinto
Da Redação | 02 de novembro de 2019 - 04:06
O alarde realizado por alguns setores de Ponta Grossa, a
partir da publicação do decreto do Executivo que trata de uma série de medidas
voltadas ao contingenciamento de recursos até o final de janeiro de 2020, é
desnecessário. Ponta Grossa não está ‘quebrada’. Pelo contrário. O Município se
desponta, entre outras razões, pela robustez da saúde financeira e capacidade de
endividamento.
Diante dessa infindável crise pela qual o país passa, a administração
pública enfrenta diferentes tipos de dificuldades financeira em todas as
esferas. Não é raro ouvirmos notícias de atraso no pagamento de servidores, falta
de recursos para o pagamento de fornecedores e propostas de parcelamento de
recursos que deveriam ser pagos a título de 13º salário. Os administradores
passam por um período em que buscam meios de garantir os recursos necessários
para que os compromissos assumidos sejam honrados.
Em relação a Ponta Grossa, o decreto publicado em Diário
Oficial, na última quinta-feira (31), afirma que as medidas têm como intuito
fazer com que a Prefeitura “cumpra as obrigações legais”. As ações variam entre
contingenciamento de gastos até busca por aumento de receita.
O Poder Executivo decretou ainda a proibição do uso da frota
de veículos municipais aos fins de semana e dias considerados como feriados
nacional, estadual e/ou municipal. Suspensão de todos os tipos de despesas de
investimentos, ressalvados as já em execução ou autorizadas, bem como àquelas
decorrentes de convênios, operação de crédito firmados com outras esferas do
governo e instituições financeiras
É importante citar que o Executivo faz o dever de casa. Com
medidas aplicadas desde 2017, Ponta Grossa é destaque na administração
tributária. A cidade conseguiu alcançar o 1º lugar na região sul em aumento
percentual na recuperação de dívida ativa. Os dados foram divulgados pela
Frente Nacional dos Prefeitos. Em 2017, a prefeitura conseguiu recuperar R$ 53
milhões em valores devidos, frente aos R$ 14,9 milhões recuperados em 2016.