Cidades da região ampliam negócios e exportam R$ 17,7 bi

Entre os 22 municípios da região que negociaram com outros países, 18 aumentaram as vendas em 2021

O ano de 2021 foi recorde nas exportações para os municípios da região dos Campos Gerais. Números revelados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, apontam que somados os valores dos produtos comercializados com outros países, um total de R$ 17,73 bilhões foram enviados a outros países. Na comparação com 2020, quando foram movimentados R$ 12,93 bilhões em mercadorias, houve um acréscimo de 37,14% na comercialização no mercado exterior. Não apenas as exportações cresceram, mas também as importações, porém ainda fazendo com que o saldo da balança comercial tivesse um crescimento, uma alta de 28,6% no superavit, ao passar de 8,48 bilhões para R$ 10,92 bilhões.

Entre os 27 municípios dos Campos Gerais, 22 realizaram negócios com outros países. E desses 22, mais de 80% deles ampliaram os negócios: apenas quatro tiveram uma baixa na venda de produtos. Em valores absolutos, Ponta Grossa teve o maior crescimento nas exportações, de R$ 2,42 bilhões, ao passar de R$ 5,77 bilhões para R$ 8,2 bilhões, enquanto que Ortigueira teve a segunda maior alta absoluta, de R$ 1 bilhão, ao passar de 2,37 bilhões para R$ 3,42 bilhões. Isso fez com que a cidade se destacasse no ranking estadual, passando da sétima para a sexta colocação entre as cidades que mais exportaram produtos no Estado do Paraná, superando Cascavel, que perdeu a posição, mesmo aumentando em 27,8% suas exportações.

Já quando se fala em variação percentual, cinco cidades tiveram aumentos superiores a 100%, ou seja, que mais que dobrar seus negócios no exterior. O principal destaque neste âmbito, com destaque para Porto Amazonas, que registrou um aumento de 691,7%, de R$ 149,8 mil para R$ 1,18 milhão; e Palmeira, onde a alta foi de 188%, após aumentar as exportações de R$ 44,69 milhões para R$ 128,9 milhões, em um incremento de R$ 84,2 milhões. O ranking permaneceu o mesmo entre os seis primeiros, sem alterações, mas a sétima passou a ser Imbituva, que superou Sengés, que agora é a oitava. Na nona posição se manteve Ventania, ao passo que a 10ª colocação agora é ocupada por Ipiranga, que era a 12ª. Prudentópolis, que era a 10ª, agora é a 12ª.

Em relação às importações, elas cresceram 53,3%, ao passarem de R$ 4,44 bilhões para R$ 6,81 bilhões, em um aumento na casa dos R$ 2,36 bilhões. Ponta Grossa seguiu na liderança, com R$ 5,1 bilhões adquiridos, enquanto que Castro apareceu na segunda colocação, com R$ 451,7 milhões. Castro ganhou cinco posições e superou Ortigueira, que foi a 2ª em 2020 e ficou na terceira colocação em 2021, com R$ 395,4 milhões adquiridos. Irati apareceu na quarta posição, com R$ 244 milhões, e Jaguariaíva se destacou na quinta colocação, com R$ 136,8 milhões. A maior alta foi de Porto Amazonas, de 5.066%, ao passar de R$ 1,3 milhão para R$ 70,67 milhões. Dos 20 municípios importadores, três começaram a exportar (Fernandes Pinheiro, Tibagi e Ventania) e cinco reduziram compras.

Movimentação superou R$ 24,5 bi

Somadas as importações e as exportações, os municípios movimentaram R$ 24,5 bilhões, valor 41,28% superior aos R$ 17,37 bilhões registrados em 2020. Quanto aos produtos, a soja e seus derivados (farelo e óleo) corresponderam  a R$ 6,7 bilhões exportados. A exportação de celulose também foi destaque, com R$ 3,36 bilhões exportados por Ortigueira (Klabin). De Telêmaco Borba, foram originados R$ 1,2 bilhão em papel cartão (Klabin). Somente de Jaguariaíva foram exportados R$ 695,8 milhões de madeira. Esse produto (madeira) também é o mais exportado de municípios como Imbituva, Ventania, Sengés, Prudentópolis, Rebouças, Curiúva. Quanto ao destino, a China foi o destino de R$ 2,78 bilhões em produtos, seguida pelos Estados Unidos, para onde foram R$ 2,5 bilhões, e a Coreia do Sul, que recebeu R$ 1,21 bilhão.