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PIB da agropecuária do PR cresce 9,36% durante a pandemia

Paraná e região registraram grande produção de soja, que teve rendimento recorde
Paraná e região registraram grande produção de soja, que teve rendimento recorde -

Setor foi na contramão dos outros, que tiveram queda no segundo trimestre. No ano, alta do agronegócio é de 13,16% 

O período mais crítico para a economia paranaense, durante a pandemia do novo coronavírus, foi o segundo trimestre. Números revelados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) confirmam uma retração econômica no período, do Produto Interno Bruto (PIB), na casa de 7,5%, na comparação com o mesmo período no ano anterior. Porém, uma análise setorizada, dos segmentos que compõem a economia, mostra que um ramo em específico contrariou os outros e registrou uma alta, de quase dois dígitos: é a agropecuária, que teve um incremento de 9,36% na comparação com os mesmos meses de abril, maio e junho de 2019.

De acordo com os números do Ipardes, o Valor Adicionado da agropecuária foi de R$ 11,83 bilhões, o que representa quase 11% do PIB total do período, de R$ 109,2 bilhões. Para o economista Luiz Alberto Vantroba, do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral), há uma combinação de fatores que permitiram que o agro mantivesse uma elevação no PIB, mesmo enquanto outros segmentos realizavam paralisações ou suspendiam temporariamente suas atividades. “Foi uma combinação de fatores que levou a isso. As boas produtividades obtidas com a soja, que foi recorde na região e no paraná inteiro; nós ultrapassamos a casa dos 4 mil quilos por hectare. O setor de carnes também contribuiu, o alto valor do dólar, e os bons preços de todas as commodities também”, informou. 

Além disso, como explica Vantroba, foi época da conclusão da colheita da soja e avanços do milho e feijão, produtos que não poderiam ficar no campos e foram colhidos normalmente, diferente de outros setores que pararam. ““É aquele jargão que o agro não para. Foi a época que coincidiu com a colheita, mas as indústrias, cooperativas de recepção e secagem não pararam. Fizeram rodízio de pessoas tomando cuidados, seguindo protocolos, remanejando o pessoal, para receber a produção. E o transporte não parou. E na outra ponta mercados não pararam. Então o agro contribuiu para a economia brasileira, regional e de Ponta Grossa, aliado às tecnologias, dedicação e eficiência”, completou o economista. 

No acumulado do ano, todos esses fatores também contribuíram para que, no primeiro semestre, os números fechassem positivos, com uma alta de 13,16% na comparação com o primeiro semestre de 2019, obtendo um valor total de R$ 35 bilhões nestes seis meses – valor que corresponde ao PIB subtraído de impostos. Em quatro trimestres, ou seja, no período de um ano, entre julho de 2019, e junho de 2020, a agropecuária atingiu a marca de R$ 45,9 bilhões, com alta de 11,23% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.

Valor acumulado alcança R$ 238 bi 

O total do PIB do segundo trimestre, de R$ 109,2 bilhões, além da agricultura, também é composto pelos R$ 61,3 bilhões do setor de serviços, e pelos R$ 24 bilhões da indústria. Entre esses dois, o mais impactado foi o da indústria, que teve queda de 13,3% ante ao mesmo período em 2019; enquanto que o setor de serviços teve uma retração de 7,3%. Somados esses VAs, foram R$ 97,2 milhões somados, que se acrescentados os impostos, de R$ 11,9 bilhões, chega-se ao PIB total. No acumulado do ano, entre janeiro e junho, o PIB alcançou R$ 238,1 bilhões, valor que é, em números reais (já descontada a inflação), 2,4% inferior ao montante acumulado no mesmo período no ano passado. Já no acumulado de 12 meses, quando o PIB registrado foi de R$ 459,8 bilhões, a queda acumulada é de 1,26%.

Atividade

Conforme os números do Ipardes, o nível de atividade neste segundo trimestre de 2020, na comparação com o primeiro (janeiro a março de 2020), apresentou redução de 8,72%. Essa diminuição resultou da piora nas condições nos três setores da economia. Agropecuária, indústria e serviços apresentaram variações de -1,52%, -10,19% e -7,35%, respectivamente.

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