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Empreendedorismo cresce em PG durante a pandemia

Empresa foi inaugurada nos primeiros dias de março, duas semanas antes do decreto, e precisou se readaptar
Empresa foi inaugurada nos primeiros dias de março, duas semanas antes do decreto, e precisou se readaptar -

Formalização de MEIs na cidade cresceu entre 15 de março e 15 de junho, na comparação com o ano passado

A pandemia do novo coronavírus, que se agravou no Brasil em março, trouxe uma crise econômica, resultando em demissões ou queda salarial de muitos daqueles que continuaram empregados, no caso das empresas que aderiram ao plano de redução de salário e jornada. Somente em abril, por exemplo, mais de 1,3 mil trabalhadores perderam o emprego em Ponta Grossa. Diante desse cenário, muitas pessoas resolveram empreender, seja pela necessidade de obter algum tipo de renda, ou então complementar os ganhos, além de outros que viram algum tipo de oportunidade para ser dono do seu próprio negócio. A prova disso é que entre os dias 15 de março e 15 de julho, foram formalizados 1.577 MEIs na cidade, valor superior às 1.512 formalizações registradas no mesmo período em 2019.

Porém, por outro lado, houve uma redução na abertura de micro empresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), assim como demais (médias, grandes, alterações e filiais). Fato que é justificável dentro de uma crise, explica Tonia Mansani, coordenadora de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação e da Sala do Empreendedor de Ponta Grossa. “Tivemos perda de postos de trabalho e essa pessoas precisaram se realocar. Como ‘MEI’ é uma empresa com barreira simplificada, por não ter custos, optaram por abrir MEI, e não ME. Porque ao formalizar uma ME tem todo um custo pelo contador, Receita Estadual, Federal, tributos municipais; apesar de ser simples, é muito mais oneroso que o MEI”, explica.

Para quem abriu um pouco antes da crise ou manteve as atividades, Tonia destacou a necessidade de adaptação, especialmente com inovação e criatividade, com destaque para a comunicação e redes socais. Um exemplo é o da empresa Doce Confeitar, dos empresários Odenir Dias de Assunção e Patrícia Dias de Assunção, que abriram a loja na avenida Visconde de Mauá no dia 5 de março. Poucos dias depois veio o decreto e o fechamento de todo o comércio. “A inauguração aconteceu no dia 5; investimos bastante no comércio, mas a loja fechou dia 16. Primeiramente foi uma surpresa, mas começamos a raciocinar sobre o que fazer. Começamos a divulgar o delivery e foi uma forma de conhecer os clientes. Foi um incentivo para melhorar a empresa, porque a dificuldade nos fez sair da linha inicial, que era ser uma loja voltada para as festas, e agora mudamos para uma linha para quem faz produtos em casa”, disse o empresário.

Com as portas fechadas por alguns dias, houve uma readaptação e redução no número de colaboradores. Ele reconhece que o momento é difícil e que se adapta a cada dia, inclusive pensa em buscar um ponto maior e com maior visibilidade, além de adotar outras medidas. “Após reabrir, também passamos a trabalhar com produtos diferenciados, sejam chocolates diferenciados, acessórios para confeitaria diferenciados, sempre para ter uma atração a mais ao cliente, seja na forma, seja um lançamento. E trabalhamos muito e estamos investindo nas redes sociais, que traz um bom resultado”, completa Odenir Dias. 

Setores de saúde e alimentação foram os mais procurados

Além da necessidade de renda, por aqueles que perderam emprego e resolveram empreender, Tonia informa que muitas pessoas entraram em contato com a Sala do Empreendedor em busca de abrir MEI para obter uma renda extra, por terem os ganhos reduzidos. Entre os setores mais procurados para empreender estão o de alimentação, tecnologia e relacionados à saúde/segurança. “Foi muito o comércio, desde a venda de máscaras, como materiais de acrílico, uniformes de segurança; setor de TI que acabou abrindo, e lojas de comércio eletrônico, como de roupas; e também muita gente na área de alimentação, como empresas que entraram no delivery, que é uma tendência que chegou para ficar”, relata Tonia.

Maio foi destaque em aberturas

Neste período entre março e julho, o mês com o maior número de formalizações foi maio, com 494. Em março, foram 474, e em abril, o número mais baixo, com 275. Já em junho foram 475 e no parcial de julho, até o dia 15, foram 232. “Em abril todo mundo segurou, porque começou a crise e fechou tudo no final de março. Aí quando houve a perda de emprego, em maio, o número de MEIs dobrou e quem teve a redução de salário foi buscar alguma renda extra”, informa. Quanto às microempresas, em abril foram 104 formalizações, número que cresceu para 133 em maio e para 164 em junho; enquanto que entre as empresas de pequeno porte foram 5 formalizações em abril, 10 em maio, 9 em junho e 4 em julho. Contudo, observa Tonia, houve uma redução de quase 50% na formalização de EPPs e MEs neste período, se comparado com 2019.

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