Dinheiro
Klabin vence leilão do terminal de celulose no porto
Da Redação | 14 de agosto de 2019 - 00:30
Leilão ocorreu nesta terça-feira (13), na Bovespa. Os
investimentos previstos são de R$ 87 milhões e o prazo de arrendamento da área
de mais de 27 mil metros quadrados será de 25 anos.
“A Klabin fará um investimento de R$ 87 milhões com a
promessa de transformar o terminal no melhor modelo de logística de celulose do
mundo. Melhorar a logística equivale à geração de emprego na veia”, afirmou o
governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É o reconhecimento de uma gestão
eficiente do Porto de Paranaguá”, completou.
O terminal tem 27.530 metros quadrados com conexões viárias
e ferroviárias e, após os investimentos, poderá atingir a capacidade de
movimentar 1,2 milhão de toneladas por ano. A estimativa é que a nova área do
armazém totalize 15 mil metros quadrados dedicados à armazenagem e 6,6 mil
metros quadrados para alocação dos ramais ferroviários, totalizando aproximadamente
21,6 mil metros quadrados – sem mencionar a área destinada às manobras das
empilhadeiras. “Isso mostra a confiança no Brasil, um resultado muito
bem-sucedido, para ser comemorado. Reforça uma cadeia logística extremamente
eficiente”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
OPERAÇÕES - O armazém deverá ser projetado para acomodar
novos ramais ferroviários para descarga e permitir a transferência de fardos
para caminhões, que carregarão a carga até o berço para o carregamento dos
navios. Essas operações contarão com equipamentos como guindastes e
empilhadeiras. A ideia é que essa armazenagem seja feita através da construção
de uma ponte rolante para facilitar o transbordo da carga.
O objetivo do projeto é atender a produção de papel dos
estados do Paraná e Santa Catarina, exportados principalmente para a China, e a
cadeia logística da produção de celulose da fábrica da Klabin, em Ortigueira,
nos Campos Gerais, uma das maiores do mundo.
“Esse investimento proporciona a verticalização total da
nossa operação, nos permite posicionar a nossa carga desde a fábrica,
diretamente ao terminal marítimo com acesso ferroviário. Isso vai nos garantir
atingir níveis de produtividade em patamar internacional”, ressaltou Sandro
Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin.
Concluída esta etapa da licitação e aquisição da área, a
sequência é a obtenção das licenças e a construção do novo armazém, pela
empresa ganhadora. A previsão é que o início das operações ocorra até 2022.
EXPANSÃO – Ratinho Junior reforçou que o Porto de Paranaguá
passa por um grande processo de expansão. Ele lembrou que foram investidos R$
200 milhões no terminal de embarque de grãos, ampliando a capacidade do local
em 40%.
Já o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) investiu
cerca de R$ 550 milhões nas obras de ampliação da capacidade de movimentação,
que deve passar dos atuais 1,5 milhão de contêineres/ano para 2,5 milhões de
unidades anuais. “Será o maior terminal em movimentação do Brasil”, ressaltou o
governador.
Este foi o último leilão de arrendamento de áreas portuárias
realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, nos
Portos do Paraná. Com a gestão descentralizada, a administração dos contratos
de exploração dos portos organizados e os novos arrendamentos das instalações
passam a ser controlados pela própria empresa pública do Governo do Estado,
Portos do Paraná.
INVESTIMENTOS – A Klabin confirmou em abril um novo
investimento no Estado. No total, a indústria vai aplicar R$ 9,1 bilhões na
ampliação da fábrica de Ortigueira (Unidade Puma), que está em operação desde
2017. A direção da empresa explica que a unidade Puma II abrange a instalação
de duas máquinas com capacidade de produção de 920 mil toneladas anuais de
papéis Kraftliner. A construção da nova planta vai abrir 11 mil postos de
trabalho na região e a companhia estima iniciar as atividades da nova planta em
2021.
Na Unidade Puma, a Klabin já opera a produção de celulose
branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), que continuará abastecendo os
mercados interno e externo com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.