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Fraude no INSS e ataque à democracia

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Por Mário Sérgio de Melo

As fraudes no INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – reveladas estes dias – descontos indevidos de mensalidades de institutos, empréstimos consignados, etc. – nos deram uma boa mostra de ataque à democracia. Democracia quer dizer poder, soberania para o povo. Quem a ataca é a plutocracia – o poder do dinheiro, dos ricos.

Fraude no INSS é um rastilho de pólvora que explode no bolso dos muitos aposentados, e de todos que têm um parente ou um amigo aposentado. É um tema de imediato interesse de grande parte da população brasileira, um apelo midiático estrondoso. Por esse motivo, nestes dias só se vê, na grande mídia, uma enganosa cumplicidade, explícita ou implícita, entre as fraudes lesivas e a culpa do próprio INSS, do Estado Brasileiro do qual ele faz parte, dos funcionários públicos, do governo Lula, do irmão de Lula, o sindicalista Frei Chico. Lembremos: o INSS é uma instituição garantidora de direitos do cidadão conquistados com muita luta, e que estão sob incessante ataque; o governo Lula é um governo que procura ser socialista, beneficiando o cidadão mais pobre. Esses não são interesses da plutocracia. Ela quer o Estado mínimo, com a única finalidade de financiar, com o dinheiro público, a recuperação das bancarrotas promovidas pelo mercado, o deus devorador por ela eleito como governo.

Os criminosos que cometeram a fraude no INSS são bandidos que têm que ser punidos. Sejam quem sejam. A superação da corrupção enraizada só acontecerá quando os corruptos pagarem por seus crimes. Mas atenção: corruptos, infelizmente, existem em todo lugar. É preciso identificá-los e inculpá-los, sem destruir as instituições que profanam. O erro é do corrupto, não do INSS nem do governo. Descrer do INSS ou do governo por causa dos corruptos seria como duvidar de todo o sistema de saúde porque ainda existem doenças.

A fraude revelada esta semana foi iniciada em 2019, todos sabem qual governo. E começou a ser investigada em 2023, todos sabem qual governo. Por isso o esforço da plutocracia – quer dizer, da grande mídia que ela controla – em ligá-la ao governo atual. A partir de 2023 o governo não é mais um fantoche da plutocracia, embora o Congresso Nacional, em sua maioria, ainda o seja. Não bastou à plutocracia insinuar que a fraude estava no coração do governo. Tentaram também insinuar que estava na família do Presidente. Frei Chico, irmão de Lula, é da direção de um dos sindicatos investigados pela Polícia Federal. O sindicato é investigado, Frei Chico não, nada pesa contra ele. De novo, uma instituição onde há corrupção não quer dizer que todos lá são corruptos. Mas isso não interessa à grande mídia, que logo fez parecer que a família de Lula é de corruptos. Como já tentou fazer antes, mas foi desmascarada.

A plutocracia está trabalhando incansavelmente visando 2026. Ela teme ser de novo derrotada nas urnas, teme ver de novo um executivo democrata dirigir o país. Vai usar todas as armas que possa comprar para convencer o eleitor que o lobo é um cordeiro.

Mário Sérgio de Melo é Geólogo, professor aposentado do Departamento de Geociências da UEPG

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