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Covid-19, home office e o papel da liderança

Imagem ilustrativa da imagem Covid-19, home office e o papel da liderança

Por Carlos Peres 

Por causa da pandemia da covid-19, alguns setores da economia tiveram que parar. Com a eliminação quase por completa do contato humano, houve um reaprendizado em como trabalhar e gerar riquezas. As empresas que não puderam paralisar suas atividades, tiveram que se adaptar para que a rotina continuasse a mais próxima do que era. Nesse momento, entra em ação a tecnologia.

A PwC e a Strategy&, empresa do network PwC, desenvolveram um estudo que aponta os efeitos da pandemia nos negócios. “Covid-19: uma visão sobre os possíveis impactos e respostas para os negócios no Brasil” mostra três cenários estimados para a pandemia no País (um com a curva oscilando, mas controlada; outro, com o pico no início da pandemia; e o terceiro com pico mais achatado), e em todos eles o home office está presente.

O enviar e-mail, as conversas por mensagens instantâneas, os grupos de contato, entre outros meios ganharam o reforço do webinar, das lives, das teleconferências e do trabalho a distância. Não que esses meios não estivessem presentes, mas, agora, se tornaram protagonistas do mercado de trabalho.

A pandemia antecipou o futuro do trabalho. Daqui a alguns anos, o atual cenário, que rapidamente tomou conta do dia a dia de determinadas empresas, iria se concretizar de qualquer forma. No entanto, sempre houve certo “preconceito” quanto ao trabalho a distância, pois se questionava a produtividade dos colaboradores. O atual momento mostra justamente o contrário, e tudo isso graças à tecnologia.

Além disso, o trabalho remoto ampliou a forma de escolha dos colaboradores. A organização não precisa limitar sua mão de obra a mesma cidade ou estado que atua, ela pode ter colaboradores de alta capacidade independentemente da localização geográfica.

Por outro lado, a crise da covid-19 trouxe preocupação para todos os profissionais. É inegável o papel fundamental das pessoas numa organização e, neste momento, elas estarão preocupadas com seus empregos e seus futuros. A liderança precisará, então, comunicar-se de forma clara e regular as medidas que estão tomando para proteger seus funcionários.

A tão falada ineficiência do home office, o “trabalho de pijama”, inexiste com a tecnologia ao lado. E a liderança da empresa terá times produtivos se tiver comunicação, para que as metas e os objetivos continuem no foco do colaborador.  

Com o home office, as residências dos colaboradores se tornam parte da empresa. Nesse caso, a segurança cibernética é prioridade, seja o computador pessoal ou corporativo, com necessidade de redobrar as atenções à rede wi-fi, senhas, antivírus e e-mails. O Centro de Comando e Controle da PwC, que monitora os riscos cibernéticos para empresas, apontou que o número de ataques mais que dobrou nesse período de pandemia.

O novo coronavírus antecipou tendências do mundo do trabalho, ao mesmo tempo em que rápida e abruptamente nos impôs uma nova realidade. É indiscutível o importante papel da tecnologia, mas ela é somente um dos elementos. O desafio principal não é saber utilizá-la ou adaptá-la às novas necessidades, mas sim ter capacidade e ritmo adequado de reorganização num ambiente de incertezas e de imposição das mudanças.

*Carlos Peres é sócio da PwC Brasil e líder da região Sul.

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