Debates
E-commerce pode crescer ainda mais depois da pandemia
Da Redação | 10 de junho de 2020 - 03:10
Por Ariane Marta
Com o cenário de pandemia que estamos vivendo nos últimos
meses, empresas e setores que estão associados a tecnologia ganharam ainda mais
força e confiança dos consumidores. Um exemplo disso, é o mercado de e-commerce
que já vinha crescendo nos últimos anos e, com a exigência do isolamento
social, acelerou ainda mais este processo. Para se ter ideia, no Brasil o setor
cresceu 47%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de
Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Konduto.
A opção de delivery, que muitas empresas adotaram com o
intuito de oferecer um serviço virtual, se tornou o único meio possível de
manter os negócios em funcionamento em meio a crise do coronavírus. Neste
cenário, os clientes também contribuíram para a aceleração do mundo online, já
que mudaram a forma de consumir serviços e produtos e passaram a prezar pela
segurança em não ter contato com o vírus, além da praticidade e conforto.
Mesmo com tantas vantagens, trabalhar com o e-commerce
também requer cuidados e estratégias específicas - assim como qualquer outro
negócio. Apesar da facilidade de realizar uma venda online, quem tem uma
vitrine virtual enfrenta grandes desafios, como definir a precificação,
contratar estratégias de marketing digital, fazer a gestão dos processos
da loja virtual, separar os produtos, levar ao correio, além de emitir nota
fiscal. São muitos processos que precisam de atenção.
Durante pandemia, a parte de logística e estoque também é
outro fator bem complicado, pois tudo está sendo disputado agora. Por isso, um
erro comum que muitos consumidores podem notar nesse momento são grandes e até
pequenas lojas de e-commerce anunciando produtos, mas tendo que ressarcir o
consumidor porque o estoque acabou. Além da gestão e logística, deve-se levar
em conta uma reserva de verba para fazer uma divulgação diferenciada da loja
para atrair e chamar a atenção dos consumidores de forma diferenciada, pensando
na questão da concorrência.
Da mesma forma que o empreendedor tem em mente que é preciso
investir em uma loja física, também é necessário investir esforços para manter
uma loja virtual - muito necessária para a vida de um negócio durante e após a
pandemia. Nesse sentido, a segurança, que já era fundamental, tornou-se ainda
mais importante quando o assunto é um mundo digital. Por isso, para montar um
bom e-commerce tem que apostar em uma plataforma segura, para o site não ficar
passando por oscilações, pois não há nada pior você querer comprar um produto e
o site estar fora do ar. Além disso, a experiência do consumidor conta tanto
quanto o atendimento em uma loja física.
Portanto, seguindo o perfil dos consumidores com a chegada
do convid-19, já é possível compreender que a tendência para os próximos anos é
que o e-commerce cresça cada dia mais. Assim como escolhemos um ambiente para
abrir nosso negócio e estudamos todo o cenário, essas lojas também precisam de
uma avaliação e um plano de negócio específico. Por isso, aconselho para
quem deseja empreender com a ajuda da tecnologia a estudar o produto e mercado
e pensar em bons parceiros, não só na área de contabilidade, mas também quando
se fala em marketing digital e tecnologia.
Ariane Marta é contadora e Diretora da Brascont Contabilidade