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Projeto reintegra detentas ao mercado de trabalho em PG (1)

O lançamento da ação irá acontecer nesta sexta-feira (23), no Distrito Industrial

O lançamento da ação irá acontecer nesta sexta-feira (23), no Distrito Industrial
O lançamento da ação irá acontecer nesta sexta-feira (23), no Distrito Industrial -

Ponta Grossa terá um projeto pioneiro em âmbito estadual voltado à ressocialização de mulheres privadas de liberdade: o Mulheres de Aço. Em parceria com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), a iniciativa será desenvolvida pela BR7, empresa especializada na projeção, fabricação e montagem de sistemas de armazenagem. O lançamento da ação irá acontecer nesta sexta-feira (23), no Distrito Industrial.

A frente do projeto, Denoir Marins aponta que a iniciativa está associada ao compromisso da empresa com a cidadania e a transformação social. A proposta surgiu a partir de uma conversa entre a empresa e o Depen, entre junho e julho de 2024, a respeito da oferta de mão de obra carcerária masculina. 

“Fiquei surpreso quando me contaram que não existia nenhum projeto que envolvesse mão de obra feminina em cidades paranaenses. Foi aí que fiz uma proposta e desenvolvemos o Mulheres de Aço”, explica o diretor da BR7. Denoir conta que se trata do primeiro projeto desse tipo no Paraná. “Ressocializar é investir em dignidade humana, reconstruir trajetórias e fomentar novas possibilidades”, completa. 

Dados do Mapa Carcerário atualizados diariamente pelo Depen apontam que o Paraná tem 41,3 mil pessoas privadas de liberdade. Ao todo, 3,4 mil estão em unidades prisionais da regional de Ponta Grossa, composta por nove municípios. Desse total, 95% são homens e 5% mulheres. 

A partir de segunda-feira (26), dez mulheres começaram a trabalhar na BR7. As detentas irão trabalhar em diferentes setores, como fábrica, almoxarifado e pintura. “Elas vão passar a integrar a nossa família e serão tratadas como qualquer outro funcionário, sem nenhum tipo de diferenciação. É muito importante abrir essas portas”, ressalta Denoir. 

O diretor explica que as trabalhadoras participaram de um processo seletivo para integrar a equipe da empresa. Ao todo, 20 candidatas foram apresentadas pelo Depen. Assim como em uma concorrência tradicional, todas passaram por uma entrevista de emprego. No fim da seleção, 10 mulheres foram escolhidas para dar o pontapé inicial ao projeto. 

A expectativa da BR7 é que a iniciativa pioneira inspire outros empreendimentos a desenvolver iniciativas como o Mulheres de Aço. “Elas precisam de uma oportunidade. Ter uma qualificação fará a diferença no momento em que essas trabalhadoras se tornarem egressas do sistema penitenciário”, projeta Denoir.

PERFIL - Estatísticas divulgadas pelo Depen permitem traçar o perfil carcerário das unidades prisionais da região, localizadas em Ponta Grossa, Arapoti, Castro, Jaguariaíva, Ortigueira, Sengés, Telêmaco Borba, Wenceslau Braz e Lapa.

Ao todo, são 3.485 pessoas privadas de liberdade para 2.278 vagas. Ou seja, há uma superlotação de 1.207 pessoas além da capacidade. A maioria dos detentos e detentas têm entre 25 e 29 anos de idade e se autodeclaram brancos. Do total de apenados, apenas cinco são estrangeiros.

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