Cotidiano
Operação impede grande roubo e desarticula quadrilha em PG
Organização criminosa se preparava para executar um roubo de grande impacto, do tipo tomada de cidades ou contra carro-forte
Matheus Gaston | 18 de janeiro de 2025 - 04:45
Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Militar desarticulou uma quadrilha especializada em crimes violentos contra o patrimônio, como roubos a bancos e carros-forte. A ação ocorreu em uma chácara próxima à PR-151, entre Ponta Grossa e Palmeira, onde o grupo se preparava para executar um roubo de grande impacto, do tipo tomada de cidades ou contra carro-forte. Seis criminosos foram mortos em confronto armado.
As agências de inteligência das duas corporações identificaram, ainda em dezembro do ano passado, que uma organização criminosa estava organizando um violento roubo de grandes proporções no Paraná. Após a descoberta, as instituições iniciaram um trabalho integrado para monitorar e localizar os suspeitos.
Com o avanço das investigações, foi identificado o esconderijo do grupo, que estava armado com uma metralhadora capaz de derrubar avião e de perfurar veículos blindados, fuzis e diversos explosivos. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, as equipes do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE) e do Comandos e Operações Especiais (COE) foram recebidas a tiros - nenhum policial ficou ferido.
“Graças a essa integração das inteligências e das forças de operações especiais, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública, nós logramos êxito em localizar essa chácara e em conseguir os mandados de busca apreensão para frustrar a ação criminosa”, reforça o tenente-coronel Alexandre, da Polícia Militar.
O confronto, que durou cerca de oito minutos, resultou na morte de seis criminosos. Quatro deles haviam sido identificados pela Polícia Científica até o fim da tarde de sexta-feira: Marco Souza dos Anjos (47 anos), José Marcelo de Oliveira (38 anos), Wesley Henrique Gomes Borges (31 anos) e Fred Guilherme dos Santos (37 anos).
Ainda segundo as autoridades, um deles é de Minas Gerais e os outros três são das cidades paranaenses de Foz do Iguaçu, Assis Chateaubriand e Curitiba - todos possuem antecedentes por vários crimes, especialmente roubo e porte de arma.
INVESTIGAÇÕES - Desde dezembro do ano passado, as agências de inteligência das duas corporações possuíam informações sobre o roubo planejado pela quadrilha e trabalhavam para identificar onde o crime de grandes proporções poderia ocorrer. Entre quinta (16) e sexta-feira (17), a investigação teve êxito em localizar o “QG” da organização criminosa.
“Os policiais não vão lá para tirar a vida dos suspeitos. No entanto, com um poderio de fogo altíssimo, os criminosos reagiram e aconteceu uma troca de tiros por quase oito minutos”, explica Nagib Nassif Palma, delegado-chefe da 13ª Subdivisão Policial.
No local, os policiais ainda apreenderam sete fuzis, uma metralhadora .50, uma pistola, munições, carregadores, coletes balísticos, placas veiculares, um veículo blindado e clonado, além de aproximadamente 20kg de explosivos. “O poderio bélico deles era de grande periculosidade. O grupo tinha uma arma de guerra, que apenas o Exército Brasileiro tem autorização para utilizar”, destaca o tenente-coronel da PM.
O delegado Nagib reforça que cada operação realizada pelas autoridades permite coletar diferentes informações a partir de avaliações e perícias. Dessa forma, a investigação segue com o objetivo de localizar e prender outras pessoas que integram a organização criminosa.