Ponta Grossa lidera em número de favelas no interior do Paraná

Ponta Grossa tem 23.931 pessoas morando em favelas e comunidades urbanas, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (08), o que corresponde a quase 7% da população ponta-grossense. O número de residentes em favelas em Ponta Grossa é o quarto maior do Paraná. 

As estatísticas mostram que a maioria desses moradores é composta por mulheres, de cor branca e que possuem entre 15 e 19 anos de idade. Considerando a população residente em favelas, a maior concentração de pessoas está no Ouro Verde II (2.218), Vila Cristina (2.122), Bela Vista (1.237) e Coronel Cláudio (1.210).

Ao olhar para o número de favelas por município, Ponta Grossa lidera no interior do estado, com 64 localidades. Em seguida, aparecem Almirante Tamandaré (45), Paranaguá (42), São José dos Pinhais (37) e Foz do Iguaçu (33). 

O levantamento feito entre agosto de 2022 e maio de 2023 também identificou que Ponta Grossa possui 9.055 residências construídas em áreas de favela, o quarto maior quantitativo do Paraná. 

Junas, as 64 favelas e comunidades urbanas de Ponta Grossa ocupam quase 4,9 quilômetros quadrados de extensão territorial. As maiores em área são as da Vila Cristina (0,4 km²), Coronel Cláudio (0,3 km²) e Ouro Verde II (0,2 km²).

Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

BRASIL - O Brasil tem 16,390 milhões de pessoas que moram em favelas e comunidades urbanas. Isso representa 8,1% do total de 203 milhões de habitantes no país, ou seja, de cada 100 pessoas, oito vivem nesses locais

O IBGE detalhou que 43,4% dos moradores de favelas estão na região Sudeste. São 7,1 milhões. No Nordeste estão 28,3% (4,6 milhões); no Norte, 20% (3,3 milhões); no Sul, 5,9% (968 mil); e no Centro-Oeste, 2,4% (392 mil).

As favelas brasileiras possuíam 958 mil estabelecimentos em 2022. A grande maioria, 616,6 mil, era classificada como “outras finalidades”, o que inclui atividades como comércio e serviço. Havia 50,9 mil estabelecimentos religiosos; 7,9 mil de ensino;  2,8 mil de saúde e 995 agropecuários. Cerca de 280 mil estavam em construção ou reforma.

REGIÃO - Os dados levantados pelo Censo Demográfico 2022 também apresentam outros municípios da região dos Campos Gerais. Castro, por exemplo, tem 6.898 moradores distribuídos em 11 favelas. Enquanto isso, em Telêmaco Borba, há 4.174 residentes em nove localidades. A terceira cidade indicada é Irati, que tem 1.368 pessoas vivendo em três áreas identificadas pelos recenseadores. Por último, aparecem União da Vitória, com três favelas, e Inácio Martins, com apenas uma. 

Com informações da Agência Brasil.